Quinta-feira, 28 de março de 2024

A Polícia Federal realizou uma operação para investigar ameaças a candidatos nas redes sociais

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (24), a Operação Olhos de Lince com o objetivo de investigar ameaças a candidatos nas redes sociais e crimes relacionados às eleições deste ano no Rio Grande do Sul, em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.

Os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG). Também foram lavrados cinco termos circunstanciados de ocorrência, com a intimação dos investigados, nos municípios de Juiz de Fora (MG), Varginha (MG), Recife (PE) e Caxias do Sul. Os policiais realizaram nove ações simultâneas nos quatro Estados.

As ações fazem parte das atividades realizadas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Eleitoral e são resultado do trabalho desenvolvido pela PF no acompanhamento das redes sociais, com o objetivo de identificar e evitar possíveis crimes eleitorais e ameaças aos candidatos que concorrem ao pleito.

Para a identificação dos investigados, conforme a corporação, foram utilizadas técnicas de reconhecimento facial que, por meio de critérios científicos, permitem a realização  de análises e comparações das características faciais, tais como  cicatrizes, manchas e proporções, possibilitando a identificação de forma técnica e precisa dos suspeitos. Na operação desta quarta-feira, são apurados pela PF os crimes de violação do sigilo do voto e de incitação a homicídios.

Primeiro turno

A PF abriu 469 inquéritos para investigar crimes eleitorais no primeiro turno das eleições deste ano. A informação foi dada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. De acordo com o ministro, os principais crimes registrados foram propaganda eleitoral irregular, promoção de informações falsas e compra de votos.

“Aqueles que têm interesse de produzir notícias falsas fiquem sabendo que não existe anonimato na internet e a Polícia Federal tem tecnologia e recursos humanos para chegar neles aqui ou em qualquer lugar do mundo”, alertou.

Jungmann participou, no domingo (21), de uma entrevista à imprensa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), convocada pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber. Na ocasião, perguntada se a Justiça Eleitoral falhou no combate às notícias falsas (fake news) durante a campanha, a ministra respondeu que não viu falhas na ação do tribunal, mas reconheceu que não esperava que a onda de desinformação se voltasse contra a própria instituição e que ainda não há uma solução para impedir o problema.

“Nós entendemos que não houve falha alguma da Justiça Eleitoral no que tange a isso que se chama fake news. A desinformação é um fenômeno mundial que se faz presente nas mais diferentes sociedades. Gostaríamos de ter uma solução pronta e eficaz, de fato, não temos”, disse a ministra.

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