Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Com a sanção da Lei dos Canudinhos, estabelecimentos de Porto Alegre terão que se adaptar

O prefeito Nelson Marchezan Júnior sancionou na quinta-feira (31), a lei 12.514/19 que proíbe a distribuição e a venda de canudos flexíveis plásticos descartáveis em restaurantes, bares, lanchonetes, quiosques e estabelecimentos similares ou por ambulantes em Porto Alegre. Eles terão que se adaptar à lei, publicada em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre na sexta-feira, 1º de fevereiro.

O projeto de lei, aprovado pela Câmara Municipal, e sancionado pelo prefeito, não se aplica em caso de canudos de papel ou de material biodegradável. A outra exceção é para o uso de pessoas com deficiência ou que estejam impossibilitadas temporariamente de beber líquido sem a utilização de canudos.

Quem descumprir a lei estará sujeito à multa que será aplicada em dobro se houver reincidência. Os valores arrecadados com as penalidades serão destinados a programas ambientais municipais. O comércio e os vendedores ambulantes terão um ano para se adaptar à lei.

Multas no Rio de Janeiro

A Vigilância Sanitária do município do Rio de Janeiro começou em setembro a aplicar multas para bares, restaurantes e ambulantes que ofereçam canudos plásticos a seus clientes.

Nos 60 dias anteriores, técnicos do órgão visitaram estabelecimentos e intimaram os comerciantes a substituir seus canudos por outros de papel biodegradável. A partir de 18 de setembro, os profissionais passaram a conferir se a substituição foi feita e a aplicar multas caso voltem a encontrar canudos de plástico.

As multas aplicadas para comerciantes são de R$ 1.650 e, para ambulantes, de R$ 650. Em ambos os casos, a punição é de R$ 6 mil em caso de reincidência.

Mais de 5 mil estabelecimentos na cidade já foram inspecionados. Para ser adequado à nova lei, o canudo oferecido pelo comércio carioca precisa ser de papel biodegradável e/ou reciclável e embalado com material semelhante.

Estudante cria canudo biodegradável e comestível de inhame

Maria Pennachin, aluna do Colégio Estadual Culto à Ciência, em Campinas, criou o biocanudo a partir do amido de inhame.

A jovem estudante conta que a ideia surgiu ao assistir uma reportagem que mostrava uma tartaruga resgatada por biólogos com um canudo de plástico preso nas narinas. O fato despertou o interesse em buscar soluções para a substituição do canudo de plástico, que já foi proibido em alguns Estados do País.

A partir daí, Maria, com a supervisão de orientadores, buscou experimentos com o inhame, criando o canudo biodegradável e comestível. O projeto surgiu como atividade acadêmica, desenvolvido no laboratório do Colégio Estadual Culto à Ciência de Campinas.

“Eu pensei em desenvolver o bioplástico, que poderia ser feito com batata, beterraba,.. Mas eu quis desenvolver com algo menos tradicional, então fiz com inhame, que já era usado na cozinha de casa, e gostei da baba que ele solta e introduzi, quando estava fazendo a experiência de bioplástico. E além de biodegradável, ele é comestível. Ao longo dos testes, usei toda a poupa do inhame, conseguindo um resultado parcial. Mas tem muito o que melhorar”, explica a estudante.

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