Terça-feira, 19 de março de 2024

Contato com espécie de mariposa causa surto de alergia dermatológica em Porto Alegre

O aumento expressivo de casos envolvendo reação alérgica ao contato com mariposas do gênero Hylesia no bairro Arquipélago e outras regiões de Porto Alegre motivou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a publicar uma série de orientações à população. Somente na Ilha da Pintada e arredores os atendimentos passam de 100 nos últimos dias, sobretudo por sintomas de dermatite como vermelhidão, coceira e erupções cutâneas.

Embora sejam mais comuns os incidentes envolvendo contato com o inseto em sua fase de lagarta, especialistas ressalvam que as cerdas no abdômen da fêmea adulta também podem causar problemas.

A maioria das ocorrências está associada ao período de março entre o final do verão e início do outono. Especula-se que o infestação do inseto se deva à combinação de calor com poucas chuvas, situação que tende a se modificar com a mudança de estação.

“A espécie tem hábitos crepusculares, em particular no final da tarde”, detalha a SMS. “Os animais habitam matas ou locais com grande cobertura vegetal e são atraídas pela luz.”

Após o contato com as cerdas da mariposa, pode ocorrer coceira intensa nas primeiras 24 horas, com possibilidade de evolução para bolhas locais, em um quadro com duração de até 14 dias.

Informações podem ser obtidas por meio do serviço 156 da prefeitura. O Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Rio Grande do Sul também presta esse serviço pelo telefone 0800-721-3000.

Medidas preventivas

– Manter portas e janelas fechadas, ou então protegidas por telas.

– Limpar com pano úmido (utilizando luvas) mesas e utensílios localizados sob lâmpadas acesas.

– Guardar em armários fechados os lençóis, fronhas e outras roupas-de-cama. Ao deitar, manipular com cuidado o material.

– Ao anoitecer, evitar o acionamento de lâmpadas internas e externas das residências, evitando assim a atração do inseto.

– Manter portas e janelas fechadas durante o período noturno.

– Se possível, instalar telas nas janelas – medida que também contribui para evitar a entrada do mosquito da dengue.

– Limpar os móveis da casa com um pano úmido, três vezes ao dia, para retirada de possíveis cerdas da mariposa.

– Não varrer o chão onde o inseto estiver caído: em vez disso, usar pano úmido ou água no chão, evitando assim a suspensão das pelo ar.

– Lavar paredes internas e externas do imóvel para minimizar a postura de ovos do inseto.

– Inseticidas são contraindicados para controle de lagartas ou mariposas, pois o produto não é seletivo, ou seja: acaba eliminando outras formas de vida, inclusive seus predadores. A coleta manual é a medida mais indicada, sempre de luvas e mangas compridas.

Em caso de contato

– Se houver contato com a mariposa, lavar a área atingida com água fria ou gelada e procurar o posto de saúde mais próximo.

– Caso possível, capturar o animal vivo e levá-lo para identificação no local do atendimento.

– Não aplicar álcool ou qualquer outra substância sem orientação médica.

(Marcello Campos)

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