CPI da Covid: diretor de plano de saúde nega ocultação de mortes de pacientes infectados pelo coronavírus
Por Redação Rádio Pampa | 22 de setembro de 2021
Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (22), o diretor-executivo da Prevent Sênior, Pedro Benedito Batista Júnior, negou que o plano de saúde tenha omitido dados sobre mortes de pacientes infectados pelo coronavírus durante a realização de um estudo no qual foram aplicados medicamentos sem comprovação científica para combater a doença.
O diretor afirmou ainda que dois ex-funcionários “manipularam dados de uma planilha interna” para “tentar comprometer a operadora”. “Esses profissionais, já desligados, passaram a acessar e a editar o referido arquivo culminando no compartilhamento da planilha com a advogada Bruna Morato em 28 de agosto”, declarou.
A comissão recebeu um dossiê com uma série de denúncias de irregularidades, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent. O documento informa que a disseminação da cloroquina e outras medicações contra a Covid-19 foi resultado de um acordo entre o governo federal e a Prevent.
A CPI investiga se o plano de saúde ocultou mortes de pacientes em um estudo realizado com medicamentos como a hidroxicloroquina. Aos senadores, o diretor da Prevent Sênior afirmou que os ex-funcionários “invadiram o sistema” e “adulteraram a planilha” de óbitos.
“Esse documento faz a descrição do acompanhamento médico de 636 pacientes no período de 26 de março 2020 a 4 de abril 2020. Foram somente dois óbitos. Mesmo assim, o noticiário tirou totalmente de contexto esse documento e colocou mortes que ocorreram após o dia 4 como se tivessem ocorrido entre o período de 26 a 4. Como os senhores podem perceber, todos os óbitos ocorreram após o dia 4, e por isso não estavam no relatório, portanto, não há qualquer omissão”, afirmou.
Benedito disse ainda que uma das pacientes contabilizadas como morta está, na realidade, viva, e, inclusive, teve uma consulta com o plano de saúde. Ele também declarou que os acusadores nunca levaram as informações à Justiça e agiram para ferir a imagem da empresa por meio de denúncias anônimas. “E, posteriormente, tentaram contato com nosso jurídico para firmar acordos”, afirmou.
