Quinta-feira, 28 de março de 2024

Entidades e Mapa buscam soluções para os problemas da orizicultura

Preço mínimo, assimetrias do Mercosul e perdas dos produtores com as chuvas pautaram a reunião da Farsul, Federarroz e Irga com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, nesta quarta-feira, dia 16. No encontro, ficou definido que a Conab virá ao Rio Grande do Sul para realizar um levantamento dos custos de produção do arroz com o acompanhamento das entidades. Esses dados são fundamentais para a composição do preço mínimo e a última pesquisa havia sido feita há quatro anos, o que a torna extremamente defasada.

O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, apresentou os problemas e fraquezas no cálculo para estipular o preço mínimo e como isso afeta os programas de governo. Outro levantamento realizado pela Farsul referenciou o debate sobre como o produtor é prejudicado com as atuais políticas do Mercosul que acabam por gerar assimetrias. A importação de produtos que utilizam insumos não autorizados no Brasil e a alta taxação dos agroquímicos que acabam por encarecer e tirar a competitividade da produção agrícola nacional foram alguns dos temas. Até mesmo peças e fertilizantes brasileiros acabam sendo comercializados por valores mais baixos no exterior em decorrência dessas regras.

Conforme o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio Marques, a ministra Tereza Cristina já conhecia o estudo da Farsul e demonstra preocupação com a situação no bloco econômico. “Nos foi dito que após ter confirmado nossas informações, o governo está procurando os obstáculos existentes para corrigi-los”, comenta Antônio da Luz. O economista lembra que essa assimetria não acontece apenas na cadeia do arroz, mas também no milho, trigo e vitivinicultura. Na próxima terça-feira, dia 22, ficou agendado um novo encontro para dar continuidade aos debates.

As perdas geradas pelas fortes chuvas do início do ano também foram discutidas. A Farsul, juntamente com os sindicatos rurais, irá realizar um mapeamento dos prejuízos assim que acontecer a estabilidade climática. “Precisamos que o próprio produtor nos diga o tamanho da sua perda. Para isso, ele precisa ter condições de andar pela sua propriedade e calcular o prejuízo, o que imaginamos que possa acontecer na próxima semana”, explica Luz. O senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze, também participou da reunião e se comprometeu a acompanhar de perto os trabalhos do Mapa, defendendo o interesse das entidades representantes dos produtores.

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