Sábado, 20 de abril de 2024

Inverno deve começar nesta sexta sob influência do fenômeno El Niño

A probabilidade de manutenção do fenômeno climático El Niño no inverno, que começa oficialmente nesta sexta-feira (21) e vai até 23 de setembro, é de cerca de 50%. A previsão faz parte de relatório do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), do Ministério da Agricultura. Os dados, gerados pelos principais centros meteorológicos internacionais, de acordo com o relatório, revelam que o fenômeno de aquecimento das águas do Pacífico deverá se estender até meados da primavera.

O El Niño, categorizado como anomalia climática, repete-se em intervalos irregulares, que costumam variar entre dois e sete anos. O evento ocorre em virtude do aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, mais precisamente em áreas próximas à costa oeste do Peru e em países vizinhos.

Segundo o ministério, os impactos são variados, tendo em vista as dimensões do território brasileiro e sua diversidade climática. Em algumas áreas, produz secas extremas e, em outras, eleva as temperaturas.

Cuidados durante o inverno

O frio já começou em algumas regiões do país e coincide com o período mais seco do ano. A combinação perfeita para o aumento da incidência das doenças respiratórias, ressecamento da pele, infecções, resfriados, problemas nos olhos e sangramento nasal.

Das chamadas doenças do inverno, as respiratórias são as mais preocupantes. Por isso, nessa época, o cuidado precisa ser redobrado! Segundo o pneumologista Marcelo Rahabi, médico do Hospital de Clínicas da UFG (Universidade Federal de Goiás), vinculado à Rede Ebserh, o maior problema dessa época é a seca. “As pessoas respiram esse ar muito seco e isso acaba irritando as vias respiratórias, por isso, nessa época do ano os atendimentos nas unidades de saúde chegam a dobrar por conta do clima seco”, conta.

O pneumologista explica que o ar precisa chegar úmido e aquecido aos pulmões para evitar problemas nas vias respiratórias. Essa função de deixar o ar mais “apropriado para os pulmões” é realizada pelo nariz, que filtra e aquece o ar. “Quando o ar está muito frio e seco, ou quando respiramos ela boca, o nariz não dá conta de condicionar o ar adequadamente. Esse ar ao entrar seco e frio nas vias respiratórias, irrita as mucosas e prejudica o funcionamento de todo o aparelho respiratório, deixando as pessoas mais susceptíveis a infecções”, explicou.

As pessoas que têm alergias sentem mais o impacto do clima no período da noite, por causa da baixa temperatura. Para diminuir os efeitos e para aumentar a umidade do ar, Marcelo aconselha que além de nebulizadores, sejam utilizadas toalhas molhadas esticadas pela casa.

Prevenção

A melhor forma de prevenir as crises alérgicas é evitar o contato com a causa do problema. Se a alergia envolve ácaros, deve-se ter um controle mais rigoroso do ambiente do alérgico. Medidas simples como manter sempre o ambiente limpo, evitar acúmulo de poeira, não fumar, beber bastante água e se alimentar de forma saudável são fundamentais para viver bem.

Outra dica do pneumologista é fazer circular o ar no ambiente, deixando uma fresta da janela aberta no transporte e em casa. Durante o dia, deve-se evitar aglomerações.

Também é bom lavar as roupas que estão guardadas há certo tempo antes de usar, porque elas acumulam bactérias.

Além disso, uma boa indicação é tomar sol, pois a vitamina D está relacionada ao cuidado de uma série de doenças do aparelho imunológico. Estar sempre bem agasalhado durante o frio e evitar cheiros fortes também ajudam a prevenir crises alérgicas. As informações são do portal UOL.

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