Quinta-feira, 28 de março de 2024

O número de mortes no trânsito em Porto Alegre é o menor em 21 anos

O ano de 2018 terminou com 74 vítimas fatais no trânsito de Porto Alegre, o menor número de mortes dos últimos 21 anos. Com este dado, que representa menos 17% em relação a 2017 (90 mortes), foi antecipada em dois anos a redução da projeção de 50% do número de mortes estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) para a Década de Ação no Trânsito (2010/2020), que era de, no máximo, 76 mortes para 2020 na Capital.

A redução geral acontece mesmo com aumento da frota: atualmente são 839 mil veículos registrados na cidade. Esta é a terceira vez, em 21 anos, com menos de 100 vítimas fatais (92 em 2016; 90 em 2017 e 74 em 2018). Em 1998, quando a EPTC começou a gerir o trânsito em Porto Alegre, 199 pessoas perderam a vida em razão de acidentes de trânsito.

Na comparação de 2018 com 2017, houve no ano passado uma redução de 6% em acidentes (12.657 a 11.866); menos 9% em feridos (5.438 a 4.895) e menos 17% em mortes (90 a 74). Reduziu em 36% o número de mortes por atropelamentos (44 a 28); em 31% as mortes envolvendo motociclistas (35 a 24).

Os dados são da Coordenação de Informações de Trânsito da EPTC, com fechamento na data de 3 de janeiro.

O diretor-presidente substituto da EPTC, Fábio Berwanger Juliano, afirma que a redução geral da acidentalidade é resultado de ações de educação, infraestrutura e fiscalização, com o apoio da população: “Esta redução não seria possível sem o envolvimento efetivo da população, o que felizmente aconteceu. Claro que foi fundamental a parceria entre a EPTC e as demais secretarias do município, como a Saúde, por exemplo, no Programa Vida no Trânsito, além do envolvimento da Brigada Militar, Detran, Polícia Civil, Guarda Municipal, Polícia Rodoviária Federal e Samu, entre outros órgãos públicos e  também privados, e demais instituições”.

Ele ressalta que o esforço pelo trânsito seguro, com menos conflitos, deve ser permanente: “Por trás de cada número na estatística do trânsito existe uma pessoa, os sentimentos envolvidos, as dores pelas perdas ou mesmo as alegrias pelas vidas salvas. Mas, para que mais vidas sejam preservadas, o comprometimento pelo trânsito seguro deve ser contínuo, sem jamais esmorecer diante das dificuldades. Em 2019, vamos reforçar as ações envolvendo motociclistas, pedestres e ciclistas, segmentos bastante expostos à acidentalidade, além de outras medidas educativas, em fiscalização de engenharia de trânsito”.

Educação

A CEM (Coordenação de Educação para Mobilidade) atendeu a praticamente todas as faixas etárias, desde a pré-escola ao público idoso, passando por escolas, ONGs, CFCs, empresas e universidades. Ao longo do ano de 2018, mais de 600 ações educativas foram realizadas, alcançando aproximadamente 50 mil pessoas. Através de 11 projetos, como o Escola Amiga da EPTC, a plataforma de cursos em Ead e o Empresa Amiga da EPTC, por exemplo, a CEM buscou aliar tecnologia, inovação e profissionais qualificados para entregar produtos e serviços à população na missão pelo trânsito seguro.

Fiscalização

Além do trabalho diário dos agentes nas ruas, das operações do Radar Móvel contra o excesso de velocidade, foram realizadas em 2018, um total de 249 operações do Balada Segura, em parceria com o Detran, Brigada Militar, Guarda Municipal e Polícia Civil, com abordagem de 19.176 condutores. Foram retirados de circulação 2.179 condutores em razão de álcool ao volante. Se for feita uma média, resulta em seis motoristas por dia abordados sob efeito de álcool. Entre esses condutores, 74 se enquadraram na esfera criminal, com resultado do teste do etilômetro igual ou superior a 0,34.

Engenharia de tráfego

Neste ano, o planejamento da EPTC na área de engenharia de tráfego priorizou medidas direcionadas para uma maior proteção dos pedestres, com melhorias em sinalização de vias que registravam o maior número de atropelamentos, além da instalação de placas educativas em vias de maior fluxo de veículos.

Década de Ação ONU

Em 2011 a ONU determinou que a redução da projeção do número de mortes fosse de 50%. Se a tendência continuasse, mesmo com uma sinalização de queda naquela época, seriam computadas 152 mortes em 2020.

 

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