Sexta-feira, 29 de março de 2024

Ópera sobre a Revolução Farroupilha terá apresentações gratuitas nesta sexta, sábado e domingo em Porto Alegre

A Orla Moacyr Scliar e o Pôr do Sol do Guaíba foram escolhidos como cenário do primeiro espetáculo multimídia nos moldes de um musical, envolvendo mais de cem profissionais entre artistas e técnicos. “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal”, que contará com apresentações de circo, dança, música e teatro, que ocorre nos dias 30 de novembro e 1º e 2 de dezembro, às 20h. A encenação é baseada na obra “Revolução Farroupilha” 2015, do escritor Luiz Coronel e ilustração de Danúbio Gonçalves. A entrada é gratuita e o público pode levar canga, cadeira de praia e chimarrão para assistir à apresentação.

Com direção geral de Clóvis Rocha, “Revolução Farroupilha, uma História de Sangue e Metal” venceu o edital público da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre para promoção de atividades culturais, com verbas do orçamento anual do Legislativo, e é realizada em parceria com a Secretaria Municipal da Cultura.

Os núcleos do espetáculo têm na direção nomes reconhecidos pelo trabalho que realizam pela cultura gaúcha: Jessé Oliveira no teatro; Dilmar Messias no circo; João Maldonado na direção musical e Carini Pereira, Gustavo Silva e Claudia Dutra na dança. Entre as estrelas das três noites estão a atriz e cantora Valéria Houston, o ator Rossendo Rodrigues, os irmãos Ernesto e Paulinho Fagundes e o guitarrista da nova geração do rock gaúcho, Erick Endres, filho do guitarrista da Comunidade Nin-Jitsu, Fredi “Chernobyl” Endres.

O espetáculo vai ser dividido em cinco partes. A primeira é de “Cantos Iniciais”, onde o império e a revolução são mostrados e a ideia de separação começa. A segunda parte “Caminhos de Guerra” é quando inicia a revolução e a visão de sobre o enfrentamento é apresentada pelo circo de Dilmar Messias. Na terceira vem “Lamentações, mortes heroicas e mortes covardes”, onde são retratadas as perdas, a insegurança, o desprendimento e o ressurgimento. “A ideia da Carini e Gustavo (dança) é mostrar que a morte é também um renascimento”, explica Clóvis.

A quarta parte é chamada de “Heróis Anônimos” e vem com teatro de Jessé Oliveira representando a guerra dos porongos e a injustiça cometida durante a guerra dos farrapos, até hoje mal compreendida e não revelada pela história. Por fim o “Ideal Farroupilha” fala sobre ser gaúcho, pertencimento, mitos, tradição e folclore, e vem com Grupo Andanças e direção de Cláudia Dutra. “A gente quer enaltecer a tradição que cultuamos ao longo dos anos sobre ser gaúcho. Portanto, o espetáculo vai apresentar momentos bem distintos da Revolução Farroupilha com o bombo legüero de Ernesto Fagundes e as guitarradas de Paulinho Fagundes Fagundes e Erick Endres”, diz Clóvis Rocha.

Sobre o livro – “Revolução Farroupilha” (Mecenas Editora, 144 páginas) é uma edição especial do livro-poema “A Revolução Farroupilha”, do poeta, compositor, escritor, cronista, publicitário e homem de cultura Luiz Coronel, com ilustrações de Danúbio Gonçalves.

A obra narra as lutas envolvendo os personagens, conflitos e desenlace, bem como sua significação profunda para a identidade gaúcha. Para tanto, Coronel buscou sustentação no livro Farrapos, de Walter Spalding, e no valioso material das edições de Revolução Farroupilha-Cronologia do Decênio Heroico, de Antônio Augusto Fagundes; de Os Farrapos, de Carlos Urbim; de Homens ilustres do Rio Grande do Sul, de Aquiles Porto Alegre; e do Cancioneiro da Revolução de 1835, de Apolinário Porto Alegre.

Os poemas desta edição especial apresentam preponderância de teor reflexivo sobre o emocional, o que é bom para os leitores, na medida em que apresenta uma abordagem diferente das usualmente utilizadas. “Estamos convictos de que, mesmo os historiadores, os mais agudos e dissecantes em suas análises e pesquisas, não podem contestar que respirávamos, naqueles idos tempos, ideias, ostensivamente, alvissareiras e proponentes, senão, revolucionárias”, diz o escritor.

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