Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Policial militar invade condomínio e mata a ex-mulher com tiros de pistola em Porto Alegre

Um policial militar de 31 anos foi preso, no final da noite de terça-feira (11), após invadir um condomínio e matar a tiros a ex-mulher, de 35 anos, no bairro Ipanema, na Zona Sul de Porto Alegre. No momento do crime, a vítima estava no local com o filho de 12 anos e amigos.

Armado com uma pistola, o policial disparou três tiros contra a ex-mulher, identificada como Michele Pires. O crime ocorreu na avenida Juca Batista. Um policial civil que mora no condomínio prendeu o assassino. Segundo testemunhas, o homem não aceitava o término do relacionamento, que durou quatro anos.

O policial militar estava afastado das suas atividades por suposto envolvimento com uma facção criminosa, de acordo com a Brigada Militar. Ele teria entrado no condomínio da vítima após pular um muro. O PM foi encaminhado ao Presídio Policial Militar.

Feminicídios no RS

O Rio Grande do Sul registrou 356 casos de feminicídio nos últimos quatro anos. Segundo a Secretaria Estadual da Segurança Pública, a média é de uma mulher assassinada a cada quatro dias, em crimes cometidos por parceiro ou ex-parceiro. No mesmo período, foram registrados 6.149 estupros (média de quatro denúncias por dia) e 87.840 lesões corporais (59 por dia).

Mundo

Um total de 87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em 2017, segundo um relatório publicado no mês passado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Mais da metade delas (58%), cerca de 50 mil, foram assassinadas por conhecidos – seus companheiros, ex-maridos ou familiares. Isso significa seis feminicídios cometidos por conhecidos a cada hora.

“No mundo todo, em países ricos e pobres, em regiões desenvolvidas e em desenvolvimento, um total de 50 mil mulheres são assassinadas todo ano por companheiros atuais ou passados, pais, irmãos, mulheres, irmãs e outros parentes, devido ao seu papel e a sua condição de mulheres”, denuncia o relatório.

O documento indica que os assassinatos de mulheres por parte dos seus companheiros faz com que o lar seja o “lugar mais perigoso para as mulheres” e “é frequentemente a culminação de uma violência de longa duração e pode ser prevenida”. Em termos de distribuição geográfica, a África e as Américas são as regiões em que há mais risco de as mulheres serem assassinadas por companheiros e familiares.

Na África, o índice é de 3,1 vítimas a cada 100 mil mulheres. Nas Américas, o número cai para 1,6 vítima. A Oceania acompanha o índice mundial, de 1,3 mulher vítima de feminicídio por conhecidos a cada 100 mil. Os índices mais baixos estão na Ásia, com 0,9 a cada 100 mil, e na Europa, 0,7 a cada 100 mil.

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