Sábado, 20 de abril de 2024

Prefeitura de Porto Alegre lança campanha que visa dar início gradual à retirada do morador de rua. Clube de Criação do RS e ARP assinam as peças publicitárias que ganharão espaço na mídia local

O salão nobre da Prefeitura de Porto Alegre foi palco na manhã desta quinta-feira da apresentação de um projeto que promete dar início à solução de um problema que afeta à sociedade gaúcha como um todo, que é o morador de rua.

Idealizada pelo Clube de Criação do RS e pela ARP (Associação Riograndense de Propaganda), com apoio de toda a mídia local (rádio, jornal, televisão e mídia exterior) a campanha que dará voz à iniciativa tem por mote o Aluguel Solidário, calcada no conceito “A vida de casa nova”. O objetivo é motivar a população a locar seu imóvel vazio a um morador de rua, por R$ 500 reais/mês. A verba total que a Prefeitura conta para apoiar a ação é de R$ 1,8 milhão, provenientes de recursos federais.

“A campanha não tem fim, começa a ser veiculada agora e não deverá parar enquanto não terminarmos nossa missão que é a de tirar todos os moradores da rua”, afirmou o vice-prefeito Gustavo Paim. Quem abriu a apresentação foi o secretário Municipal de Saúde, Herno Harzheim, que pontuou os eixos que contemplam o projeto, passo a passo. Um deles é a gestão de caso, ou seja, a abordagem ao morador de rua para análise e identificação de situações que o colocam fora de casa, como por exemplo dependência química, transtorno mental ou motivação social e econômica.

“Buscamos soluções dirigidas a cada pessoa na sua individualidade”, reiterou o secretário, ao enfatizar também que o acompanhamento, através de visitas quinzenais por um assistente social e de saúde deverá contribuir no tratamento. Além disso, ele aponta o monitoramento do domicílio, com total infraestrutura, inclusive máquinas de lavar roupa, deverão agregar resultados positivos, com a vinculação da pessoa aos mecanismos de solução de renda. “Contaremos com um eixo solidário, composto por uma equipe integrada por enfermeiros, médicos e assistentes sociais”. Locação, emprego e renda são os impulsionadores do projeto que objetiva “pegar recursos públicos e devolver a quem precisa, pregando desenvolvimento social”, como analisa o secretário Municipal de Saúde. As iniciativas de profissionalização e bolsas de trabalho serão coordenadas pela FASE e pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Município.

Como novidade, Herno também adiantou que após seis anos, novos CAPs – Centros de Atenção Psico Social serão entregues à comunidade gaúcha. O primeiro deles abre suas portas nesta sexta-feira (21) no bairro Floresta, operando sete dias na semana e 24 horas/dia, a fim de receber o dependente químico, que poderá contar com 20 leitos para internação e receber simultaneamente centenas de consultas/mês, com apoio de médicos e psicólogos. “Isto é uma novidade para a saúde pública no Brasil”. Em fevereiro de 2019, mais dois CAPS serão abertos, um na zona norte e outro na zona sul da capital, com 12 leitos cada.

O secretário Municipal de Comunicação, Orestes de Andrade Júnior, fez referência à transparência do projeto, uma das marcas fortes do Governo do Prefeito Nelson Marchezan Júnior. “Além de transparência, nosso objetivo é fazer juntos, com parcerias. A gente precisa mais do que nunca do apoio da sociedade para este fazer juntos. Porto Alegre já está entre as cinco principais cidades brasileiras em PPP (Parceria Público Privada). A sociedade já está compreendendo a necessidade disto porque o mundo mudou. A gente precisa se comunicar em tempos de crise e nossa campanha visa também acabar com o preconceito dos porto-alegrenses quanto à locação de imóveis para pessoas de rua. A campanha visa uma comunicação clara, um sair da sombra para um protagonismo”.

No encerramento da apresentação, o prefeito Nelson Marchezan Júnior deixou claro que não adianta varrer as pessoas de uma rua para uma quadra, para um bairro, e assim por diante. “A gente acredita neste projeto e é com isso que vamos trabalhar. Demorou até conseguirmos operar e agregar pessoas que realmente quisessem ter este comprometimento. Mais do que buscar informações e fazer, é querer. Nós encontramos parceiros sensibilizados com a máquina pública. O momento é simbólico e estamos fazendo o mínimo para a queles que menos tem, na cidade de Porto Alegre”. (Clarisse Ledur)

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