Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Sindicatos apontam que crise do coronavírus provocou mais de cinco mil demissões

As medidas de distanciamento social contra o novo coronavírus provocaram uma grande crise econômica, em praticamente todos setores. Nesse momento em que se projeta uma retomada gradual, os sindicatos já calculam os prejuízos e trabalham para uma recuperação.

Muito além das medidas de controle social, a covid-19 trouxe incertezas. Acuados, empresários de diversos setores precisaram demitir funcionários. Até agora sindicatos estimam cerca de oito mil empregos perdidos. O setor calçadista aparece como o mais afetado. No ramo da hotelaria e gastronomia, a perspectiva de demissões também é ruim.

“Já passamos dos três mil, é um número muito grande. Demorou muito para sair as medidas de Brasília, quando as medidas de Brasília saíram, nós já estávamos em um processo muito ruim, nós não podíamos esperar que eles decidissem o que fazer”, explicou o presidente do Sindihospa, Henry Chmelnitsky.

O setor sofre ainda mais, já que representa uma categoria que não depende apenas das medidas do governo, mas dos turistas.

“Falei com um hoteleiro que tem hotéis aqui, hotéis em gramado e no resto do brasil e ele disse que se o prefeito de Gramado pedisse para ele abrir, botasse o decreto de lei para abrir, ele não abriria, pois não iria ter clientes agora que justifique”, disse Chmelnitsky.

Em razão das dificuldades de retomada, o número de demissões tende a subir. Empresas trabalham em acordos, tentando evitar cortes em massa. Segundo a Fiergs, mais de 18% das indústrias já fizeram algum tipo de dispensa. A entidade alerta para o agravamento da situação.

“Tem várias indústrias que estão voltando do período de férias coletivas, muitas optaram por fazer isso inicialmente, e começam a retornar agora desse período de férias. Então muita atenção para as próximas semanas, próximos dias para ver se esses números de desemprego, a partir de quando eles forem publicados, pois vão ser muitos altos”, relatou o economista-chefe da Fiergs, André Nunes.

A FGTAS, Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, não sabe ainda ao certo o número de requerimentos de auxílio desemprego solicitados neste período. Desde o início da pandemia, o processo ficou estritamente online. Nesta sexta-feira (24), o ministério do trabalho deve conceder uma entrevista coletiva para esclarecer os números de empregos perdidos a nível nacional.

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