Sexta-feira, 29 de março de 2024

Unidades especiais dos bombeiros atendem comunidades atingidas pelos temporais e enchentes

Equipes da FR² (Força de Resposta Rápida) do CBMRS (Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul) foram acionadas para auxiliar no atendimento das ocorrências decorrentes dos temporais e enchentes na Fronteira Oeste do Estado. Desde quarta-feira (9), profissionais especializados em situações de risco atuam na região, sob a coordenação do subcomandante-geral da corporação, coronel Lúcio Alex Ruzicki.

De acordo com o CBMRS, até sexta-feira (11), 70 ocorrências foram atendidas. Em Uruguaiana, três equipes fizeram trabalhos de corte de árvores e remoção de potenciais fontes de perigo, como muros em risco de desabamento, árvores colapsadas sobre residências e desobstrução de vias. Outras nove equipes estão de prontidão e podem ser acionadas devido à situação crítica no município de Alegrete.

“Conseguimos reduzir grande parte dos problemas apresentados e liberar o acesso às vias públicas, o que é vital neste tipo de situação. Como a previsão é de chuva para os próximos dias, iremos manter as demais células da FR2 de prontidão, com atenção especial para ocorrências que possam atingir o perímetro urbano de Alegrete”, assegura Ruzicki.

A FR² é formada por unidades denominadas células. Ao todo, a corporação conta com 12 equipes titulares e outras 12 equipes reservas, compostas por bombeiros especializados em missões de busca, salvamento e resgate urbano e rural. Seus integrantes pertencem efetivo orgânico dos batalhões de área, mas devem estar sempre a postos para uma eventual convocação.

O grupo é treinado para agir rapidamente e prestar socorro em estruturas colapsadas, enchentes, incidentes com múltiplas vítimas ou outras operações de busca e salvamento em situações críticas, cuja dimensão ou natureza extrapolem a capacidade de resposta do efetivo local. A FR² possui uma série de equipamentos especiais, utilizados de acordo com a necessidade de cada missão.

Defesa Civil pede ajuda humanitária às famílias atingidas

A Defesa Civil Estadual solicita a divulgação de ajuda humanitária para famílias afetadas pelas chuvas na Região da Fronteira Oeste. Alimentos não perecíveis, água potável, roupas, material de dormitório, colchões, produtos de limpeza e higiene pessoal são os itens mais necessários no momento.

Os donativos podem ser entregues na Central de Doações na Avenida Borges de Medeiros, 1501 – CAFF (Centro Administrativo Fernando Ferrari) de segunda a domingo das 8h30min às 18h.

Chuvas seguem com força nas áreas atingidas por elevados volumes

Conforme boletim hidrometeorológico divulgado na sexta-feira (11), pela Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, a expectativa para a próxima semana é que as chuvas sigam presentes no Rio Grande do Sul. Um novo sistema de baixa pressão associado à umidade que vem da região Norte manterá as instabilidades e favorecerá a ocorrência de chuvas expressivas. Embora as chuvas ocorram em todo o Estado, os volumes serão irregulares, variando entre 40 mm e 160 mm acumulados. O maior problema é que as chuvas tendem a serem intensas novamente nas áreas que já foram atingidas pelos elevados volumes desta última semana.

No domingo (13), os temporais voltam a se espalhar pelo RS podendo ter chuvas mais fortes nas áreas já atingidas pelos elevados volumes e também entre o Centro, Norte e Nordeste gaúcho (incluindo região serrana). Nos próximos dias a chuva perde intensidade e as temperaturas serão elevadas em todo o Estado. Entre quarta (16) e quinta-feira (17), uma nova frente fria avança trazendo mais chuva.

Os volumes foram expressivos na última semana nas regiões Oeste e Sul do Estado, sobretudo nas bacias do Butuí-Icamaquã, Ibicuí, Quaraí, Santa Maria, Negro, Vacacaí-Vacacaí-Mirim e alguns pontos das bacias do Camaquã e Mirim-São Gonçalo. Esses volumes foram em média 200 mm nas bacias citadas, porém em alguns pontos os acumulados chegaram aos 400 mm. O destaque foi para os rios Quaraí e Ibirapuitã, nas bacias do Quaraí e Ibicuí, respectivamente. No município de Alegrete, o rio Ibirapuitã atingiu a cota de 12,4 m entre quarta-feira (9) e sexta-feira (11), sendo este o maior pico de cheia desde maio de 2017.

Neste sábado, o governador Eduardo Leite, visitou áreas atingidas e postou no Twitter fotos aéreas de alguns locais, como a situação em Alegrete.

No momento, o nível deste rio encontra-se estável na cidade de Alegrete, mas ainda acima da cota de inundação neste ponto (10,8 m). O rio Uruguai também entrou em elevação em seu trecho na bacia do Ibicuí, atingindo 7,63 m na cidade de Uruguaiana e ainda deve apresentar resposta após o dia 14, em função do incremento das vazões do rio Ibicuí, que recebe as vazões dos rios Ibirapuitã, Ibicuí da Armada, Santa Maria e demais afluentes destas bacias. O rio Quaraí segue em elevação tendo atingido 11,22 m em Quaraí.

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