Sábado, 27 de setembro de 2025

55% das famílias aceitam doar os órgãos de um parente falecido

A doação de órgãos é um ato que, literalmente, salva vidas. Hoje, mais da metade (55%) das família já aceitam doar os órgãos de um parente falecido. Por outro lado, isso significa que 45% ainda negam o procedimento e, no Brasil, a doação só é realizada mediante autorização da família após a constatação da morte encefálica. Mas por que isso acontece?

De acordo com José Medina Pestana, superintendente do Hospital do Rim, em São Paulo, – centro de referência mundial em pesquisa e transplantes do órgão – a principal razão de recusa das famílias é simplesmente pelo fato de o parente nunca ter mencionado sobre a vontade de ser um doador.

“Nenhuma família desconfia da morte encefálica, isso já faz parte da cultura do brasileiro entender o que é a morte encefálica. Não tem barreira religiosa. Mesmo Testemunha de Jeová, que não aceita transfusão de sangue, aceita ser doador e receptor de órgãos. Não tem nenhuma barreira cultural. Quando a família nega é porque a pessoa nunca falou em vida que queria ser doadora”, diz Pestana.

Diante disso, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”, que reforça a importância de todos informarem a sua família sobre a decisão de doar órgãos. O objetivo, de acordo com Patrícia Freire, coordenadora-geral de Transplantes do Ministério da Saúde, é chegar a, no máximo, 10% de negativa familiar.

Dados apresentados na última quinta-feira (25) mostram que no 1° semestre deste ano, o Brasil realizou 14.904 transplantes. Esse é o maior número da série histórica e representa um crescimento de 21% em relação a 2022 – ano em que as cirurgias voltaram a subir após uma queda expressiva causada pela pandemia.

Por outro lado, 80 mil pessoas continuam aguardando por um transplante e aumentar o número de doadores, por meio da maior autorização das famílias é o único caminho para reduzir substancialmente essa espera.

São Paulo é o Estado que mais realiza transplantes no País. De 2022 até agora, cerca de 2 mil doadores ajudaram a salvar a vida de milhares de pessoas no território paulista. Dados da Central de Transplantes, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), apontam que no primeiro semestre deste ano, foram realizados 4.229 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e córneas, número 9% a mais que em 2022, quando foram registrados 3.863 procedimentos. (Com informações do jornal O Globo)

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