Quinta-feira, 18 de abril de 2024

5G: preciso trocar de plano ou de celular? Veja o que muda

A estreia oficial da rede 5G “pura” (chamada de standalone) em Brasília, nesta quarta-feira (6/7), vai marcar uma nova fase no setor de telecomunicações do Brasil. Com velocidade até cem vezes a da atual rede 4G na palma da mão, o consumidor vai se deparar com a oferta de novos smartphones e ofertas de planos de dados e serviços.

No geral, a rede 5G pura vai permitir velocidades a partir de 1 gigabit por segundo (Gbps). Um gigabit equivale a mil megabits (Mbps). A velocidade 4G tem média de 13 Mbps e pode chegar a 80 Mbps. De acordo com o previsto no edital do leilão realizado no fim do ano passado, as empresas que arremataram as novas frequências devem oferecer o chamado 5G standalone (SA), ou o 5G “puro” nas capitais até o fim de setembro, já com o adiamento do prazo concedido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

É uma tecnologia que oferece duas características fundamentais das redes móveis de quinta geração: altíssima velocidade e baixa latência (demora entre o envio e o recebimento de uma informação).

Essa versão é conhecida como “pura” por usar uma infraestrutura totalmente nova e dedicada ao 5G, sem aproveitar a estrutura usada até hoje pelo 4G. O 5G “impuro”, que usa parte da infraestrutura do 4G, não é tão veloz, mas é o que aparece atualmente nos visores dos celulares em algumas regiões do país.

Trata-se do 5G DSS, que utiliza frequências de 4G e antenas 5G. Segundo especialistas, o 5G DSS permite em média velocidades de 200 Mbps. Em testes controlados, essa velocidade pode chegar a 800 Mbps. Ou seja, bem menor que o 5G puro.

Questão de marketing

É por isso que as operadoras no Brasil, ao anunciarem o 5G em suas campanhas, até este momento não cobravam a mais pelo serviço. A partir do lançamento do 5G “puro” em Brasília, outras capitais terão gradativamente acesso à nova tecnologia. Como o 5G puro vai ter mais velocidade, as teles vão criar planos especiais para serviços específicos, embora a estratégia seja guardada a sete chaves.

Apesar do início da operação nas capitais, a nova rede de 5G pura ainda vai estar em expansão no país por muito tempo. O ideal é que o consumidor leia o contrato com atenção para saber onde a velocidade maior será de fato oferecida. Isso poderá evitar pagar mais por um serviço ainda não disponível onde a pessoa vive ou mais circula. As empresas estão classificando todas as diferentes redes 5G (como standalone e DSS) como uma coisa só.

Por uma questão de marketing, estão chamando o novo serviço de “5G mais”. Além disso, é preciso outro ponto de atenção. No caso do 4G, a velocidade mínima estipulada em contrato é de 5 megabits por segundo (Mbps). No 5G, ainda hão há uma definição. Por isso, o consumidor precisa (novamente) verificar o que diz o contrato.

Celular habilitado é essencial

Para ter acesso à rede 5G pura, é preciso ter um smartphone habilitado para operar nas novas frequências, que foram leiloadas em 2021 pela Anatel. Hoje, são pouco mais de 50 modelos de smartphones com a tecnologia compatível para aproveitar o melhor do 5G.

Esses aparelhos são, não à toa, os mais caros do mercado, como os iPhones 12 e 13, da Apple, e modelos da Samsung como o S22 e os dobráveis, além dos aparelhos da chinesa Realme. Assim, para evitar que o consumidor fique ainda mais confuso na hora de contratar novos pacotes, a Anatel trabalha em diretrizes para tentar proteger o consumidor na hora de contratar os novos serviços, diante do aumento da diversidade de ofertas.

Segundo a Anatel, o objetivo é comunicar de forma mais transparente as ofertas de 5G. O tema será incluído na revisão do Regulamento Geral de Direitos dos Consumidores de Telecomunicações (RGC), hoje em análise pelo Conselho Diretor da agência. Os planos terão que considerar a expectativa de benefícios trazidos, como o aumento da velocidade e a melhoria da rede em relação às ofertas.

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