Domingo, 19 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de setembro de 2022
O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira (08), em solenidade dos 200 anos da Independência, que a arma mais importante em uma democracia é o voto.
A sessão solene, realizada no Congresso, reuniu, além de Pacheco, autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, o ex-presidente José Sarney, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes. Convidado, o presidente Jair Bolsonaro, não compareceu.
Pacheco foi a primeiro a discursar. Além de lembrar da importância do voto para uma democracia sólida, ele disse que o direito a escolher os representantes não deve ser exercido “em meio ao discurso de ódio” ou com violência.
“Lembro que daqui a menos de um mês os brasileiros e brasileiras vão às urnas praticar o exercício cívico de votar em seus representantes. E o amplo direito de voto – a arma mais importante de uma democracia – não pode ser exercido com desrespeito, em meio a discurso de ódio, com violência ou intolerância em face dos desiguais”, afirmou Pacheco.
Em seu discurso, Pacheco ainda defendeu a Constituição e afirmou que o respeito ao texto é crucial para o País enfrentar “alegóricos retrocessos antidemocráticos e eventuais ataques ao Estado de Direito e à democracia”.
Lira, que discursou após Pacheco, também lembrou das eleições. Ele disse esperar que o “voto consciente” fortaleça a democracia e beneficiem a sociedade de forma “justa e equânime”.
“Destaco, portanto, a chance de os cidadãos brasileiros, por meio do seu voto consciente, fortalecerem nossa democracia e este parlamento, de modo que ele continue a exercer a importante tarefa de acolher diferentes aspirações e transformá-las em balizas coletivas. Diretrizes que beneficiem toda a sociedade de modo justo e equânime e contribuam para o desenvolvimento deste País”, afirmou o presidente da Câmara.
Em sua fala, Fux disse que “um Brasil independente pressupõe uma magistratura independente” e que “os Poderes se restrinjam ao seu exercício em nome do povo e para o povo brasileiro”.
Ainda de acordo com o presidente do STF, o Brasil se consolidou como “um País democrático, fraterno e com sólidas instituições que se relacionam harmoniosamente”. “A história não é destino. Mas a compreensão das nossas origens forja nosso horizonte. Se não analisarmos o nosso passado, não teremos consciência crítica dos nossos problemas e, por não os entender, nunca vamos superá-los”, afirmou Fux.
“Os três Poderes celebram juntos dois séculos da emancipação da nação, uma demonstração eloquente do avanço civilizatório das instituições democráticas dos dois países [Brasil e Portugal], que não admitem retrocessos”, completou.