Quinta-feira, 08 de maio de 2025

A uma velocidade de 62.000 km/h, asteroide ameaça atingir a Terra em apenas 7 anos, criando cratera de 34 quilômetros de diâmetro

A Terra, embora protegida por sua atmosfera, não é imune a impactos de objetos celestes. Esses eventos, embora raros, marcaram a história do nosso planeta, às vezes de forma dramática. Asteroides, cometas e meteoritos atingem a Terra com mais frequência do que se imagina, embora muitos impactos não sejam poderosos o suficiente para causar consequências globais dramáticas.

Dados recentes mostram que a Terra é atingida por objetos com cerca de 25 metros de diâmetro aproximadamente a cada 10 anos. Elas geram explosões equivalentes a milhares de toneladas de TNT. Em contraste, asteroides maiores, com centenas de metros de diâmetro, são muito mais raros, mas seus efeitos seriam catastróficos. Estimativas sugerem que tal impacto poderia ocorrer uma vez a cada 500 mil a 1 milhão de anos.

As consequências na Terra dependem do tamanho do objeto. Por exemplo, estima-se que o impacto de um asteroide com cerca de 10 quilômetros de diâmetro tenha causado a extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos. Por outro lado, impactos menores, mas ainda significativos, podem causar grandes incêndios, ondas de tsunami e um inverno nuclear localizado, interrompendo gravemente a vida na Terra.

O asteroide que “ameaça” a Terra

Atualmente, um asteroide está causando preocupação entre os cientistas: o asteroide 2024 YR4, que está se aproximando da Terra a uma velocidade impressionante de 62.000 km/h. Este objeto celeste, com um diâmetro estimado em cerca de 53 a 67 metros (estimativa anterior era entre 40 e 90), pode atingir a Terra em apenas sete anos. Segundo as previsões atuais, o impacto geraria uma cratera de 34 quilômetros de diâmetro, o que a colocaria no top 25 de maiores crateras no planeta.

O asteroide 2024 YR4 foi detectado recentemente e, embora os cientistas ainda não tenham determinado com certeza se uma colisão é inevitável, cálculos sugerem uma trajetória potencialmente perigosa. A cratera criada por tal impacto não só causaria uma devastação local, mas também poderia liberar grandes quantidades de poeira na atmosfera, levando a uma queda na temperatura global e perturbações climáticas. Caso atinja a Terra, o impacto seria equivalente a 500 bombas atômicas de Hiroshima.

Cientistas do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) estão monitorando de perto este asteroide. Atualmente, as estimativas indicam que as chances de impacto são muito baixas, mas há preocupação com a necessidade de maior monitoramento. A trajetória do asteroide ainda pode ser alterada, mas a comunidade científica já está trabalhando em maneiras de mitigar riscos potenciais.

Um evento improvável

Apesar da gravidade da situação, é importante ressaltar que os riscos associados a um impacto deste asteroide são extremamente baixos. Cálculos atuais indicam que a probabilidade de uma colisão em 2032 é de menos de 1% – ao passo que quando foi descoberto, a probabilidade era de 3,1%. Especialistas dizem que ainda é muito cedo para dizer se tal impacto é inevitável, e a trajetória do asteroide pode ser alterada usando técnicas de deflexão. Porém, a Nasa afirma que o YR4 não é uma ameaça significativa.

Os esforços de monitoramento de objetos próximos à Terra fizeram progressos consideráveis ​​nos últimos anos. Hoje, sistemas como o programa Sentry da Nasa e da ESA monitoram de perto objetos celestes que podem representar uma ameaça ao nosso planeta. Essas iniciativas ajudaram a melhorar a precisão das previsões sobre impactos futuros e a avaliar com mais precisão os riscos associados.

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