Quinta-feira, 03 de julho de 2025

Ação humanitária da Aldeias Infantis SOS completa seis meses no RS com foco na proteção de crianças e fortalecimento familiar

Um pouco mais de seis meses após o início da Ação Humanitária Juntos pelo RS, a Aldeias Infantis SOS reafirma seu compromisso com a proteção de crianças e adolescentes atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Desde novembro do ano passado, quando a nova fase do trabalho foi apresentada à sociedade, a iniciativa avançou para um plano estruturado de apoio, atuando diretamente junto a 240 famílias das comunidades Asa Branca e Fazendinha, no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Por meio da Ação Humanitária, mais de 900 pessoas estão recebendo acompanhamento psicossocial, além de atividades educativas nos Espaços Amigáveis.

Uma dessas histórias é a de Ana Luiza Dutra Campos, mãe do Pietro (14 anos), Arthur (11) e Thiago (2). Acolhida pela Aldeias Infantis SOS quando era adolescente, Ana Luiza voltou a encontrar apoio na organização após as enchentes. Com dois filhos no espectro autista e sem conseguir matriculá-los no ensino formal, ela enfrentava dificuldades para trabalhar.

Com apoio da Defensoria Pública do Estado em um mutirão promovido pela Aldeias Infantis SOS, a família teve acesso à Justiça e, após uma ação judicial, conseguiu garantir a matrícula das crianças. “Eu precisava trabalhar, mas não conseguia porque não tinha com quem deixar meus filhos. Cheguei muito desacreditada. Mas ali eu fui me reconstruindo. Me olharam como pessoa, não só como uma mãe que precisava de ajuda”, contou a participante.

Com as crianças matriculadas, ela pôde aceitar uma vaga de emprego formal. Além disso, recebeu doações, participou de oficinas e encontrou apoio em encontros com outras mães da comunidade. “O que fazem aqui é mais do que doar. É sustentar a esperança das famílias”, afirmou.

Segundo Michéle Mansor, gerente nacional de Desenvolvimento Programático da Aldeias Infantis SOS, a atuação da equipe multidisciplinar, composta por assistentes sociais, psicólogos, educadores e agentes comunitários, tem sido essencial para proteger os direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. “É preciso uma rede para que as famílias consigam se manter unidas. E é isso que estamos fazendo: apoiando emocional e socialmente cada uma delas”, declarou.

Além do acompanhamento familiar, a organização implementou dois Espaços Amigáveis para acolher mais de 180 crianças e adolescentes no contraturno escolar. Nesses locais, os jovens participam de atividades com foco em cidadania, educação e convivência, enquanto seus responsáveis podem buscar renda com mais segurança.

Mensalmente, ocorrem visitas domiciliares, rodas de conversa, atendimentos individuais e ações comunitárias.

Desde as enchentes de 2024 no RS, a organização já beneficiou mais de 18 mil pessoas com apoio emergencial e contínuo, incluindo a distribuição de itens essenciais. A etapa emergencial garantiu a entrega de mais de 105 toneladas de suprimentos, entre colchões, cestas básicas, produtos de higiene e limpeza.

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