Sábado, 10 de maio de 2025

Ação judicial abre nova crise na família real britânica

Documentos cedidos à Justiça britânica pelos advogados do príncipe Harry apontam que William e Charles podem ter fechado acordos com uma empresa que controla vários tabloides no Reino Unido. Os arquivos fazem parte de um processo do filho caçula de Lady Di contra o NGN (News Group Newspapers), que controla as publicações. A revelação pode azedar ainda mais a relação de Harry com seu pai.

De acordo com os documentos, o príncipe William chegou a receber uma grande quantia do NGN para encerrar uma ação judicial sobre escutas telefônicas. O grupo é acusado de espionar a vida de celebridades, incluindo membros da família real britânica.

Harry está processando o NGN por hackear suas mensagens de voz. Ele diz que o crime foi cometido pelos tabloides The Sun e pelo extinto News of the World, de 1994 a 2016. Uma audiência esta semana decidirá se o caso vai a julgamento. Na ação apresentada ontem, a equipe jurídica de Harry alegou que houve um pagamento secreto do NGN para William, mas não revela o valor nem os detalhes.

Os documentos também sugerem que a rainha Elizabeth II pretendia processar o grupo de Murdoch, mas foi impedida pelo herdeiro, o príncipe Charles. Segundo o relato de Harry, o atual rei pretendia garantir uma cobertura favorável do Sun para ele e sua mulher, Camilla, quando eles eventualmente assumissem o trono.

Intrusão

Harry culpa a mídia pelo colapso de sua saúde mental, alega que os jornalistas destruíram muitos de seus relacionamentos e diz que os tabloides alimentam o ódio online que leva as pessoas ao suicídio. O Palácio de Buckingham e o príncipe William não comentaram o conteúdo da ação de Harry.

Coroação

Charles III será oficialmente coroado em Londres em 6 de maio, em uma cerimônia rica em tradição, mas que o rei britânico quer mais simples e moderna do que a de Elizabeth II há 70 anos. E isso desperta muito menos interesse.

Sua coroação, na Abadia de Westminster diante de 2 mil convidados, incluindo chefes de Estado, cabeças coroadas e membros da sociedade civil, acontecerá oito meses depois que ele assumiu o trono com a morte de sua mãe, que reinou por sete décadas.

A coroação da muito jovem Elizabeth II em 1953 teve 8 mil convidados, uma carruagem do século XVIII e durou três horas.

A de Charles III, de 74 anos e que substituía a mãe há muito tempo, será limitada a pouco mais de uma hora e terá elementos modernos, como uma carruagem climatizada e um óleo vegano.

Mas se a coroação de Elizabeth II foi acompanhada pela BBC por 27 milhões dos então 36 milhões de britânicos, agora 64% dizem não estar interessados, segundo uma pesquisa da YouGov.

Em um Reino Unido em plena crise, com a inflação que não fica abaixo dos 10%, outra pesquisa mostrou que para 51% dos britânicos a cerimônia não deveria ser paga com dinheiro público.

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