Quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Ação mais letal da história do Rio de Janeiro supera em mortes o Massacre do Carandiru

A Megaoperação da Polícia do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão, realizada na terça-feira (28), deixou 119 mortos, de acordo com a Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, superando o Massacre do Carandiru, tragédia na qual 111 detentos morreram no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, em 1992.

Durante coletiva, o coronel Marcelo de Menezes afirmou que o confronto durou cerca de 15 horas, começando por volta das 6h da manhã e terminando apenas às 21h da noite.

Na manhã desta quarta-feira (29), a Defensoria Pública do Rio afirmou que a ação das forças de segurança do Rio de Janeiro nos Complexos da Penha e do Alemão deixou ao menos 130 mortos.

No entanto, em entrevista coletiva no início da tarde, um balanço do governo do estado apontou que a megaoperação deixou 119 mortos (58 no dia da operação e outros 61 corpos encontrados na mata).

A ação, batizada de Operação Contenção, faz parte de uma iniciativa do Governo do Estado para combater a expansão territorial do CV (Comando Vermelho) e prender lideranças criminosas que atuam no Rio e em outros estados. Cerca de 2.500 agentes das forças estaduais de segurança foram mobilizados.

A Operação Contenção se tornou a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro. Segundo ativistas e moradores, mais de 60 corpos foram retirados pelos próprios cidadãos de uma região de mata do Complexo da Penha durante toda a madrugada.

Massacre do Carandiru

Uma invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, no dia 2 de outubro de 1992, deixou 111 detentos mortos (embora o número real de vítimas seja maior do que o estimado publicamente).

A Casa de Detenção foi desativada em 2002. A decisão ocorreu após uma rebelião, ocorrida no ano anterior, em 29 unidades prisionais do estado de São Paulo. Ainda em 2002, três pavilhões do Carandiru foram implodidos.

Outros dois dos quatro pavilhões que restaram foram implodidos em 2005. A área onde a penitenciária funcionava deu lugar ao Parque da Juventude. Nos dois pavilhões que ficaram de pé, atualmente funcionam a ETC (Escola Técnica Estadual de Artes) e a Etec Parque da Juventude.

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