Terça-feira, 04 de novembro de 2025

Ações da Petrobras têm negociação suspensa na Bolsa brasileira após renúncia do seu presidente

As negociações das ações da Petrobras no pregão da Bolsa de Valores brasileira foram suspensas, nesta segunda-feira (20), após a renúncia do então presidente da estatal, José Mauro Filho. O procedimento foi adotado devido à capacidade que a mudança tem em provocar oscilações potencialmente prejudiciais.

A demissão acontece depois do governo de Jair Bolsonaro (PL) aumentar a pressão sobre Mauro Filho. Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, disse que a gestão do presidente foi “um ato de terrorismo corporativo” e o acusou de trabalhar “sistematicamente contra o povo brasileiro”. As críticas foram motivadas pelo novo reajuste de preços nos combustíveis, anunciado pela Petrobras na última sexta-feira (17).

As considerações de Lira, juntamente com as de outros políticos, provocaram forte queda nas ações da estatal. Os papéis ordinários e preferenciais da petrolífera caíram 7,25% e 6,09%, respectivamente, na sexta.

No mesmo dia, a petrolífera perdeu R$ 27,3 bilhões em valor de mercado. “A Petrobras perdeu R$ 30 bilhões. Acredito que com a CPI vai perder outros 30”, disse Bolsonaro durante um culto evangélico em Manaus (AM).

O desempenho negativo das ações da Petrobras, uma das principais empresas da Bolsa brasileira, fez com que o Ibovespa caísse 2,90%, aos 99.824 pontos. Esta é a pontuação mais baixa desde novembro de 2020. A perda semanal – de 5,36% – é a maior deste outubro do ano passado.

A crise, ocorrida principalmente por conta dos preços da gasolina e diesel, acontece em um momento delicado para a economia mundial, já que os Estados Unidos anunciaram um novo aumento na taxa de juros, de 0,75 ponto percentual. É a maior alta aplicada desde 1994, capaz de impulsionar uma recessão global.

Dólar

O dólar iniciou a semana em alta no mercado doméstico de câmbio e fechou no maior patamar desde meados de fevereiro, na contramão do sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior.

O estresse no mercado de câmbio começou pela manhã com a notícia do pedido de demissão de José Mauro Coelho da presidência da Petrobras, na esteira de ataques do presidente Jair Bolsonaro e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ambos falaram em instalar uma CPI para investigar a política de preços da companhia após o mais novo anúncio de reajuste.

Com esse pano de fundo negativo, investidores preferiram aumentar as posições defensivas. Afora quedas pontuais e bem limitadas na abertura dos negócios e no início da tarde, o dólar trabalhou em alta.

Entre mínima de R$ 5,1375 e máxima a R$ 5,1902, registrada na reta final do pregão, encerrou com avanço de 0,81%, cotado a R$ 5,1862 – maior valor de fechamento desde 14 de fevereiro (R$ 5,2185). Assim, o dólar passa a apresentar valorização de 9,12% em junho.

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