Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 18 de setembro de 2025
A 1ª Vara Criminal da Comarca de Vacaria (Região Nordeste do Estado) determinou a prisão preventiva de uma advogada que descumpriu medidas cautelares determinadas pela Justiça após a profissional ser alvo de denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Acusação: quase 170 casos de estelionato e apropriação de valores de clientes ao longo de sete anos.
Primeiramente, havia sido determinada a suspensão provisória – por 12 meses – do exercício da advocacia pela investigada. A medida passou depois a incluir a proibição do exercício e divulgação de qualquer atividade de natureza econômica e financeira de caráter jurídico. Mas a advogada continuou divulgando os seus serviços, por meio das redes sociais.
Desprezo à Justiça
Ao proferir a decisão, a juíza responsável pela unidade, Tatiane Levandowski, sublinhou a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade, além do risco concreto à ordem pública e à instrução do processo, especialmente pelo fato de a investigada ainda estar em atividade e continuar captando clientes:
“É evidente que ela descumpriu e buscou meios para burlar as ordens judiciais, a fim de continuar desempenhando suas atividades, o que demonstrao claramente o risco de reiteração delitiva e o total desrespeito ao Poder Judiciário”.
Dentre as práticas atribuídas à investigada estão a solicitação de valores sob falsas justificativas, tais como despesas processuais inexistentes, sobretudo nas áreas de Direito de Família e Tributário. Ela apresentava documentos adulterados para legitimar os repasses, causando aos clientes um prejuízo total estimado em quase R$ 670 mil.
(Marcello Campos)