Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de novembro de 2025
O Tribunal do Júri em São Paulo absolveu o empresário Orestes Bolsonaro, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, da acusação de tentativa de feminicídio, na última terça-feira (11). No mesmo julgamento, ele foi condenado por lesão corporal, com pena de quatro meses em regime aberto, por ter agredido o atual namorado da ex-esposa. O réu também respondia por tentativa de homícidio.
Júri
A sessão começou por volta das 10h e a sentença foi comunicada pela juíza depois das 20h. As vítimas e as testemunhas foram ouvidas ao longo do dia. Com maioria de 4 votos a 3, os jurados acataram o pedido da defesa de Orestes.
“O resultado significa justiça, porque desde início tanto Orestes quanto a defesa alegaram que foi uma lesão. Foi uma agressão, ele errou, mas nunca foi uma tentativa de homicídio, muito menos de feminicídio”, disse o advogado Sergei Cobra ao portal Metrópoles.
O episódio de violência ocorreu na Barra do Turvo, no interior do Estado, em outubro de 2020. Após um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o processo passou a tramitar na 3ª Vara do Júri, na capital paulista.
Denúncia
Orestes foi casado com a vítima por cerca de 17 anos. Apesar de estarem separados, segundo a denúncia, ele não aceitava que a mulher tivesse um novo relacionamento.
“A violência doméstica e familiar foi marcada pela violência física e psicológica exercida pelo denunciado, que, durante o relacionamento, já vinha praticando constantes agressões físicas e verbais contra a ofendida, em razão de sua personalidade possessiva e violenta”, apontou o promotor.
No dia das agressões, pela manhã, o réu teria entrado na casa da ex-companheira enquanto ela e o namorado dormiam.
Conforme o MPSP, Orestes usou um pedaço de madeira para agredir a mulher e o namorado dela. O acusado também estava com uma arma.
A mulher teria fugido com o filho no colo para pedir ajuda.
Histórico
Orestes Bolsonaro carrega um histórico de casos de violência contra mulheres. Ele já foi réu em dois processos penais por lesão corporal e tentativa de feminicídio.
Em um deles, Orestes foi condenado por agressão a uma ex-namorada, também em 2020. A Justiça o penalizou em 4 meses de prisão, em regime aberto, e estabeleceu pagamento de indenização por danos morais. (Com informações do portal Metrópoles)