Sábado, 04 de outubro de 2025

Adolescente de 14 anos chefiava rede de crimes de ódio, diz polícia

Um adolescente de 14 anos é apontado como um dos chefes de uma rede de crimes de ódio contra menores, segundo a Polícia Civil. O menino, que mora em Campo Grande (MS), foi um dos alvos da Operação Adolescência Segura, nesta terça-feira (15).

A operação ocorre em sete Estados e tem como objetivo desarticular uma das maiores organizações criminosas do País voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Pelo menos dois adultos foram presos e seis menores de idade apreendidos.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Campo Grande. Um dos alvos foi a casa do adolescente de 14 anos. No local, foram apreendidos computadores, celulares e documentos. Segundo o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), o adolescente de 14 anos atuava como “administrador da engenharia criminosa do grupo” a partir da casa dele. Os outros quatro endereços eram ligados a outras pessoas, que respondiam hierarquicamente ao adolescente na organização criminosa.

O adolescente confirmou a participação e a posição que exercia na organização criminosa. O suspeito não foi apreendido, em razão da falta de flagrante do delito, como explica a delegada responsável pelo Dracco, Ana Cláudia Medina.

“O adolescente tinha um alto cargo no grupo de crimes de ódio. Ele atuava como se fosse o chefe. Como não tivemos o flagrante, não foi possível apreender o suspeito. Ele era o alvo principal, os outros quatro alvos eram ligados ao adolescente. Conseguimos entender que ele era o principal articulador dos atos infracionais destes grupos”, detalha a Ana Cláudia Medina.

Agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav-RJ), com o apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), saíram para cumprir dois mandados de prisão temporária, 20 mandados de busca e apreensão e sete de internação provisória de adolescentes infratores em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A rede criminosa é responsável por diversos crimes graves no ambiente virtual, entre eles:

* Tentativa de homicídio
* Induzimento e instigação ao suicídio
* Incentivo à automutilação
* Armazenamento e divulgação de pornografia infantil
* Maus-tratos a animais
* Apologia ao nazismo

A investigação revelou que o grupo se organizava virtualmente, por meio de plataformas criptografadas como Discord e Telegram, usadas para promover desafios e competições, sempre de crimes de ódio.

As investigações iniciaram em 18 de fevereiro de 2025, quando um morador em situação de rua foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou dois coquetéis molotov em sua direção.

Em paralelo, Miguel Felipe, maior de idade, filmava e transmitia o evento em tempo real para cerca de 220 integrantes na plataforma Discord, um aplicativo de mensagens popular entre jovens, usado também para a prática e a disseminação de conteúdos perturbadores e para propagação de ódio. Miguel Felipe foi preso, e o adolescente foi apreendido e internado provisoriamente pela Dcav. As informações são do portal de notícias g1.

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