Domingo, 28 de abril de 2024

Aeronaves chinesas simulam bombardeio em Taiwan

As forças armadas chinesas encerraram. no domingo (7), as maiores manobras militares já realizadas em torno de Taiwan com simulações de bombardeios e ataques com mísseis contra a ilha principal do país, ao mesmo tempo em que Pequim anunciava ter cumprido seu objetivo de intimidar as “forças pela independência de Taiwan” e impedir a intervenção dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (8), no entanto, a China anunciou que vai continuar a realizar exercícios militares ao redor de Taiwan, os maiores já realizados pelo país na região. O anúncio ignora pedidos de países ocidentais e vizinhos para que os testes sejam interrompidos e prolonga uma crise sem precedentes com os Estados Unidos.

No fim de semana, o Exército de Libertação Popular informou que vários grupos de aviões tinham feito um exercício de “campanha de ataque à ilha”. Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, 66 jatos do Exército de Libertação Popular fizeram operações na área ontem e 22 deles cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, que separa os dois lados.

Os exercícios, que Pequim caracterizou como punição pela visita a Taipei da
presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi,
intensificaram de forma dramática as tensões no Estreito de Taiwan e entre a China e os EUA.

As manobras de quatro dias não tinham precedentes em termos de escala e
proximidade com Taiwan. E também marcaram a primeira vez que o Exército de Libertação Popular simulou uma tentativa de invasão no espaço aéreo e nas águas onde um ataque desses começaria de fato.

Meia hora depois de que todos os alertas de navegação da China sobre as manobras expirassem, o Comando do Campo de Operações Oriental do Exército de Libertação Popular anunciou que daria “continuidade aos exercícios conjuntos conforme o planejado”.

Autoridades de defesa de Taiwan disseram que a marinha do país patrulhava seu lado da linha mediana do Estreito de Taiwan, uma linha divisória não oficial que a China costumava respeitar, mas violou repetidamente durante os exercícios militares. As autoridades acrescentaram que navios do Exército de Libertação Popular não intensificaram as provocações nem tentaram manobras mais perigosas.

No último sábado (6), 14 aviões do Exército de Libertação cruzaram a linha mediana, segundo Taiwan. No dia anterior, 30 aeronaves tinham feito o mesmo, e na quinta (4), 12, cinco deles caíram na zona econômica exclusiva do Japão.

 

 

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