Quarta-feira, 28 de maio de 2025

“Ainda Estou Aqui” entra em lista de melhores filmes do jornal New York Times

O cinema brasileiro ganhou reconhecimento internacional com o jornal New York Times recomendando um de seus títulos mais recentes aos leitores norte-americanos. A crítica de cinema do jornal, Manohla Dargis, destacou o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, como uma das sugestões para o público dos Estados Unidos. A obra, baseada em fatos reais da ditadura militar brasileira, tem conquistado plateias dentro e fora do país e venceu o Oscar de melhor filme internacional – o primeiro do gênero para o Brasil.

“Ambientado no Brasil a partir de 1970, durante a ditadura militar, o drama acompanha os esforços de Eunice Paiva (Fernanda Torres) para manter a família unida e seguir atuando como ativista após a prisão e desaparecimento do marido, o deputado Rubens Paiva…”, escreveu Dargis.

Cinema no Brasil

O público do cinema brasileiro mais que triplicou no ano passado. Conforme o informe anual da Agência Nacional do Cinema (Ancine), no total foram 12,6 milhões de espectadores, um aumento de 241% em relação a 2023, quando somou um público de 3,7 milhões.

“O Brasil manteve a sua trajetória de recuperação no ano de 2024, impulsionada pelas produções brasileiras e pelo sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’”, afirma Alex Braga, diretor-presidente da Ancine, se referindo ao longa de Walter Salles, que venceu o Oscar de melhor filme internacional, o primeiro do gênero para o país.

Ao todo, 456 filmes foram lançados no Brasil, 10% a mais que em 2023. Destes, 197 eram produções brasileiras, um crescimento de 22,4%. Isso se refletiu também no número de sessões para produções nacionais -15,7%-, o dobro de 2023, reflexo da reintrodução, em janeiro do ano passado, da lei da cota de tela, que exige uma quantidade mínima de filmes brasileiros na programação dos cinemas.

Apesar do crescimento, no cenário geral, a participação de mercado do cinema nacional ainda representa 10,1%, e os longas brasileiros não atingem a mesma taxa de ocupação de salas de filmes estrangeiros, considerando o número de sessões.

Cinco filmes nacionais superaram a marca de 1 milhão de espectadores no ano passado -“Ainda Estou Aqui”, com 3 milhões de espectadores; “Os Farofeiros 2”, com 1,9 milhão; “Minha Irmã e Eu”, com 1,8 milhão; “Nosso Lar 2 – Os Mensageiros”, com 1,6 milhão; “O Auto da Compadecida 2”, com 1,4 milhão. Os dados consideram o período de 4 de janeiro de 2024 e 1º de janeiro de 2025.

“Ainda Estou Aqui” ocupou a sexta posição na bilheteria geral de 2024, atrás de blockbusters milionários como “Divertida Mente 2” e “Moana 2”. A produção de Walter Salles saiu de cartaz em abril deste ano, indo para o Globoplay, após atrair um público de 5,8 milhões de espectadores no país.

Ao todo, 125 milhões de ingressos de cinema foram vendidos, acarretando um faturamento de R$ 2,5 bilhões -é o quarto ano consecutivo de melhora, apesar dos números continuarem menores do que antes da pandemia Covid 19. “O público e a renda das salas de cinema cresceram 9,8% e 6,2%, respectivamente”, diz Braga.

O diretor destaca também o crescimento do parque exibidor brasileiro, que registra o maior número de salas da série histórica. São 3.510 salas ao todo -42 a mais que em 2023-, com 866 complexos, dos quais 43% têm de quatro a seis salas de cinema.

“Os números e a trajetória de crescimento confirmam a potência do cinema brasileiro e a seu papel estratégico para a indústria audiovisual”, conclui o diretor.

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