Domingo, 28 de setembro de 2025

“Ainda Estou Aqui” recebe novo prêmio e é eleito como melhor filme ibero-americano: “Peso muito especial”

Uma semana após ser eleito como o melhor filme do ano pela crítica internacional — com a conquista do Grand Prix FIPRESCI, concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema —, o filme “Ainda estou aqui” (2024) alcançou uma nova marca: nesse sábado (27), o longa-metragem dirigido por Walter Salles recebeu o Prêmio Lihuén de melhor filme ibero-americano, entregue pela primeira vez pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile.

Este é o 66º troféu que a produção estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello conquista do último ano para cá. O filme fez história, no último ano, ao receber três indicações ao Oscar — as de melhor filme, melhor filme estrangeiro (categoria em que saiu vencedor) e melhor atriz.

Ao comentar a homenagem no Chile, o diretor Walter Salles destacou a relevância simbólica da láurea:

“O prêmio de Melhor Filme Ibero-americano da Academia de Cinema do Chile é uma alegria para toda a família de ‘Ainda Estou Aqui’, pela admiração que temos pelo cinema chileno e pela forma como ele tratou dos temas da memória e da resistência. Obras como ‘Nostalgia da luz’, de Patrizio Guzmán, ‘Machuca’, de Andrés Wood, ‘Post mortem’ e ‘No’, de Pablo Larraín, foram referências para nós. O Chile viveu uma das ditaduras mais violentas da América Latina e conseguiu processar mais de 1.500 militares envolvidos em torturas e assassinatos. A Justiça chilena também determinou que a Lei da Anistia não se aplicava a crimes contra a humanidade, o que foi exemplar. Além disso, instituições como o Museu da Memória e dos Direitos Humanos simbolizam a importância de combater o esquecimento. Por tudo isso, este reconhecimento tem um peso muito especial para o nosso filme.”

A produtora Maria Carlota Bruno representou a equipe na cerimônia, realizada no Centro Cultural Gabriela Mistral, em Santiago. Em seu discurso, ela ressaltou o caráter inaugural do prêmio:

“Este reconhecimento é ainda mais especial por marcar a primeira edição de uma distinção que celebra o cinema falado em português e espanhol, línguas que compartilham uma trajetória de resistência e criatividade”, destacou. “Descobri que Lihuen significa ‘luz’ em mapuche. Que bonito que ‘Ainda estou aqui’ receba um prêmio com esse nome, pois o filme busca iluminar a história de Eunice Paiva e sua família, e, através dela, a de tantas famílias que sofreram na ditadura. Que essa luz nos acompanhe sempre, para seguir contando e compartilhando nossas histórias.” (Com informações do jornal O Globo)

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