Domingo, 16 de março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de dezembro de 2021
A Alemanha teve nesta quarta-feira (1º) o registro diário com o mais alto número de mortes por covid-19 desde fevereiro, com 446 óbitos.
Os hospitais afirmaram que o país pode ter cerca de 6 mil pessoas nas unidades de tratamento intensivo até o fim de dezembro, mais do que no ano passado.
O Instituto Robert Koch, a agência responsável pelo combate às doenças infecciosas, registrou mais de 67 mil casos de covid-19.
A média móvel de 7 dias do índice de infecção, no entanto, caiu de 452,2 infecções por 100 mil pessoas para 442,9 por 100 mil pessoas.
O governo do país e os governos regionais concordaram em tomar ações mais enérgicas para combater a quarta onda. A ideia é intensificar a campanha de vacinação e restringir os contatos, principalmente das pessoas não vacinadas.
Os políticos já foram criticados por cientistas por demorar demais para tomar ações. Há propostas como obrigar os clientes a mostrar prova de vacinação para que entrem em lojas ou limitar o número de pessoas em grandes eventos.
Gernot Marx, presidente da associação de médicos intensivistas, afirmou que o número de pessoas na UTI pode ser alto mesmo com a imposição dessas medidas.
Variante ômicron
Quatro pessoas no Sul do país testaram positivo para a variante ômicron, mesmo vacinadas.
Três haviam voltado de uma viagem de negócios na África do Sul no fim de novembro, e a quarta é da família de um desses infectados. Todos tiveram sintomas leves.
Vacinação
Até o momento, 67,9% da população foi totalmente vacinada contra a covid-19, de acordo com a plataforma Our World in Data. Os que receberam pelo menos uma dose são 70,7% da população.
Obrigatoridade
O futuro chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou que um projeto de lei sobre a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 será proposto ao Parlamento antes do fim do ano.
Com essa mudança de posição, o governo espera convencer o máximo de cidadãos a se imunizar antes que a vacinação se torne imperativa.
“Muitas pessoas ainda não se vacinaram”, afirmou Scholz ao canal Bild TV. Segundo ele, tornar a imunização obrigatória serve para “a proteção de todos”.
A obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 foi recentemente aprovada para profissionais de saúde e militares, e deve entrar em vigor em breve.
Caso o novo projeto de lei seja adotado pelo Parlamento alemão até o final deste ano, a medida poderá valer para todos a partir de fevereiro ou março de 2022.
Até agora, a Alemanha descartou dar este passo, temendo que a imposição irritasse ainda mais a parcela da população resistente a restrições contra a pandemia.
No entanto, o exemplo da vizinha Áustria, que recentemente determinou a imunização a todos os cidadãos aptos a partir de fevereiro de 2022, voltou a trazer o debate à tona.
A atual chanceler, Angela Merkel, se recusou a aprovar uma lei no final de seu mandato que avaliava esta questão polêmica.
Scholz também evitou tratar da obrigatoriedade durante a campanha eleitoral, temendo perder votos. No entanto, na terça-feira (30), o social-democrata expressou abertamente seu apoio à medida.