Terça-feira, 15 de julho de 2025

Aliados de Eduardo Bolsonaro articulam reunião do “Zero Três” com empresários

Aliados de Eduardo Bolsonaro passaram o domingo (13) montando uma estratégia para dar visibilidade ao Zero Três nos próximos dias na esteira do tarifaço de Donald Trump.

Trabalham para articular uma reunião de Eduardo com grandes empresários brasileiros. Por videoconferência, claro.

Críticas

Eduardo afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), errou ao tentar negociar uma saída para as tarifas de 50% com a Embaixada dos Estados Unidos. “É um desrespeito comigo”, disse.

“Nós já provamos que somos mais efetivos até do que o próprio Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores). O filho do presidente, exilado nos Estados Unidos. Queria buscar uma alternativa lateral. É um desrespeito comigo. Mas eu não estou buscando convencimento da população, eu estou buscando pressionar o Moraes.”

Eduardo afirma ainda que não se arrepende da pressão que fez por retaliações ao Brasil nos EUA mesmo que isso possa favorecer o presidente Lula (PT). Diz também que só voltará ao Brasil se o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sofrer sanções do governo dos Estados Unidos.

Cotado como candidato a presidente no ano que vem, Tarcísio buscou remover o desgaste diante da crise do tarifaço anunciado por Donald Trump e, na semana passada, fez uma rodada de conversas que passou por Bolsonaro, por ministros do STF e pelo chefe da embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

O governo Lula tem associado as consequências econômicas do tarifaço à oposição, inclusive a Tarcísio, aliado de Bolsonaro.

Na mesma entrevista à Folha, Eduardo diz que “provavelmente” vai abrir mão do mandato na Câmara. Ele pediu licença do mandato em março, e o afastamento vence na próxima semana. Antes, ele afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que “por ora” não volta. “A minha data para voltar é quando [o ministro do Supremo Tribunal Federal] Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender.”

“Sacrifício”

À CNN Brasil, o deputado federal licenciado afirmou que está disposto a sacrificar seu mandato. O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, pediu licença do cargo, cujo prazo termina dia 20 de julho.

“Estou disposto a sacrificar o meu mandato para trabalhar para o povo brasileiro aqui nos Estados Unidos. Não vejo clima para retornar ao Brasil e ser preso”, afirmou.

Em entrevista ao CNN Arena em fevereiro, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro já havia afirmado que estava disposto a deixar o mandato após a licença, caso o cenário no Brasil não mudasse.

O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores protocolou no último domingo um pedido ao Supremo para que Eduardo Bolsonaro tenha seu mandato cassado.

No documento, o partido acusa o deputado de atuar para articular sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil, o que, segundo a sigla, ataca a soberania nacional. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, da Folha de S.Paulo e da CNN Brasil)

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