Quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Aliados de Lula veem armadilha do presidente do Senado em data de sabatina de Messias

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva viram como armadilha do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) o agendamento da sabatina de Jorge Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para 10 de dezembro.

O indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem, na prática, duas semanas para conversar com 81 senadores e se preparar para o escrutínio na comissão, etapa que antecede a votação no plenário. Messias precisa de 41 votos para ser aprovado.

O calendário foi descrito como “dramático” por pessoas próximas a Lula e ao ministro Jorge Messias. O advogado-geral da União tem intenção de procurar os 81 senadores, mas o curto espaço de tempo para essas conversas é visto com preocupação.

Messias circulou no Senado nesta terça-feira pedindo votos para senadores, tem contado com a articulação de aliados na Corte, como o ministro André Mendonça, e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner.

A avaliação entre aliados, no entanto, é que apenas a articulação política do governo em “modo convencional” não tornará o cenário favorável ao AGU e será necessário que o presidente Lula entre em campo para sensibilizar senadores e tratar do assunto com Davi Alcolumbre.

A necessidade desse movimento foi admitida por Jaques Wagner na segunda-feira.

— O presidente está fora (na segunda-feira Lula estava em viagem à África), talvez entre pra conversar com senadores. É um trabalho a ser feito. Nunca foi muito fácil eleição, muita gente foi aprovada com 46, 47, 45 votos, nunca há uma folga — disse em entrevista a Globo News.

Em meio a tensão com governo, Alcolumbre decidiu marcar a data de sabatina de Messias na CCJ antes mesmo de o Palácio do Planalto enviar a mensagem oficial ao Congresso Nacional com a indicação para o STF.

Messias foi indicado para a vaga na Corte na última quinta-feira, dia 20, e o envio da mensagem é a primeira etapa da formalização da indicação do presidente à Corte.

A Secretaria de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil prepara a documentação seguindo uma série de normas estabelecidas no Regimento Interno do Senado que estabelecem as regras e parâmetros para envio de indicação de autoridades à Casa.

A sabatina também foi marcada sem que Alcolumbre e Messias tenham conversado após a indicação. O presidente do Senado não tem retornado as tentativas de contato de Jorge Messias. Desde a semana passada, Messias tenta contato com o senador, sem sucesso.

A prioridade do AGU tem sido buscar uma aproximação institucional com o presidente da Casa, embora já esteja em conversas com outros parlamentares. A relação entre ambos foi abalada pela escolha de Lula. Alcolumbre defendia Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga e demonstrou incômodo com o desfecho da decisão. Com informações do portal O Globo.

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