Sexta-feira, 07 de novembro de 2025

Aliados querem operação casada de Lula para indicações a ministro do Supremo e procurador-geral da República; Flávio Dino se fortalece, e Flávio Dino se fortalece

O nome do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB) desponta nos bastidores como um dos favoritos para a vaga que será aberta no STF (Supremo Tribunal Federal) pela saída da ministra Rosa Weber, que acontecerá em outubro. No PT, há uma defesa aberta pelo nome de Jorge Messias – atual advogado-geral da União – por setores do partido. Outros, mais pragmáticos, defendem o nome de Bruno Dantas – também ligado ao MDB.

Ocorre que o nome de Dino passou a ganhar força nos bastidores nas defesas de aliados de Lula por dois motivos principais:

* Querem influenciar na escolha da PGR e emplacar Antonio Carlos Bigonha no lugar de Paulo Gustavo Gonet Branco, e acreditam que, se o ministro do STF for um nome que não tenha apoio de ministros como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, Lula pode compensar com a escolha para PGR. Como Dino é nome que agrada a Gilmar e Alexandre, se for para o STF, o PT acredita que Lula não indicará um PGR que fortaleça mais a dupla – como ocorreria com Gonet.

* Existe uma corrente que acredita que uma vez fora do Executivo, Dino sairá do caminho do PT para sucessão presidencial no pós-Lula.

Se isso ocorrer, Dino no STF e Bigonha na PGR, a vaga do Ministério da Justiça também entrará em disputa. No páreo, citados nos bastidores, já figuram nomes como Messias, Marco Aurelio Carvalho, Capelli e Augusto de Arruda Botelho.

Segundo fontes do Planalto ouvidas pela jornalista Andréia Sadi, Lula só vai pensar sobre o sucessor – ou a sucessora – de Rosa Weber no STF em outubro.

Quem defende Dino para o STF diz que, como o projeto de Lula hoje é sua própria reeleição, Dino poderia ir para o STF e, depois, sair da Corte e disputar a presidência da República.

Em entrevista a GloboNews em 31 de agosto, Dino afirmou não ser candidato a uma vaga no Supremo, mas que perguntar a uma pessoa da área jurídica – como é seu caso – se quer ser membro da corte “é mais ou menos você perguntar a um jogador de futebol se ele quer ser da seleção”.

Consequência negativa

Cogitando indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao Supremo, Lula foi alertado sobre uma consequência negativa com a qual terá de arcar caso opte por oficializar o movimento.

Auxiliares do presidente ponderaram que, de todos os ministros do governo, Dino é o que tem a postura mais incisiva no enfrentamento do bolsonarismo e da direita como um todo. No campo da retórica, o Planalto avalia que o ministro venceu todos os embates, no Congresso, com deputados e senadores de oposição. E, na prática, acredita que Dino tem atuado com rigor para punir supostas irregularidades de aliados de Bolsonaro.

Caso migre para o STF, ponderam interlocutores de Lula, Dino deixará uma lacuna para a qual, até o momento, não há um substituto com o perfil considerado adequado. Junto a Fernando Haddad (Fazenda), ele é apontado como um dos principais ativos do governo na Esplanada.

Para a vaga que será aberta com a saída de Rosa Weber, Lula também cogita indicar Bruno Dantas, atual presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), e Jorge Messias, que comanda a Advocacia-Geral da União (AGU).

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