Segunda-feira, 08 de dezembro de 2025

Alta da conta de luz no ano supera índices que medem a inflação no período: IPCA e IGP-M

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que o efeito médio da alta tarifária em 2025 está projetado para encerrar o ano em 7%, superando as estimativas dos índices inflacionários do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que está em 1,03%, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – em 4,68% em 12 meses. O aumento dos custos com encargos setoriais e financeiros justificam esse cenário.

No grupo de encargos, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE-Uso) está com alta projetada em 1,2%. É a maior parcela e cobre gastos com subsídios rateados pelos consumidores de energia elétrica por meio da tarifa paga mensalmente. Já quota CDE-GD, com alta de 1,3%, é destinada a compensar o desconto pelo uso da rede de energia elétrica oferecido a consumidores com sistemas de micro e minigeração de energia.

Segundo o boletim InfoTarifa 2025 da Aneel, o aumento na conta de luz se deve principalmente ao aumento da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), além da devolução realizada do tributo PIS/COFINS, inferior ao anteriormente estimado.

Em dezembro, as contas de luz passaram para a bandeira tarifária amarela, com cobrança menor em relação à bandeira vermelha patamar 1 do mês anterior.

O patamar atual gera cobrança de R$ 1,885 KW/h a cada 100 KW/h. Em novembro, com a faixa superior, o pagamento era de R$ 4,46 a cada 100 KW/h.

“Diante de condições de geração de energia um pouco mais favoráveis, foi possível mudar da bandeira vermelha patamar 1 para amarela”, disse a Aneel.

A agência acrescentou, no entanto, que o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda, o que exige a cobrança adicional já que a energia térmica é mais cara que a hidrelétrica.

Segundo a agência, apesar de a previsão de chuvas para dezembro ser superior à vista em novembro, na maior parte do país a expectativa de precipitações está em geral abaixo da sua média histórica para o mês.

Analistas tinham adiantado à Reuters que a bandeira tarifária de energia seria no patamar amarelo em dezembro, diante de um início de período úmido menos favorável para o setor elétrico, marcando a primeira cobrança adicional na conta de luz para o mês desde 2021.

Um dos analistas consultados, da corretora Warren Rena, vê a inflação fechando abaixo do teto da meta. Com o indicativo da bandeira amarela para dezembro, a previsão é de 4,2% para o IPCA em 2025.

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