Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 1 de maio de 2022
A alta no preço dos combustíveis tem aguçado o interesse do brasileiro por motos elétricas. Elas estão ganhando espaço, e quando a bateria acaba, é só plugar na tomada que está resolvido. “O custo dela rodar praticamente é zero. Aumentou 32 reais por mês na minha conta de energia”, conta o corretor de imóveis Douglas Lima.
Dados do ministério da Infraestrutura mostram que só nos quatro meses de 2022 a frota de veículos elétricos em duas rodas emplacados no Brasil já é quase nove vezes maior em comparação ao ano de 2019. A indústria tem caprichado nos modelos. Uns equipados com som e outros tem até marcha ré. Em Goiânia (GO), os modelos variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil.
“A gente abriu com expectativa de 30, 40 motos por mês. No segundo mês a gente teve uma venda já de 70 motos e assim tem sido crescente a cada mês. Hoje a gente tá vendendo em média de 100 a 120 motos por mês”, revela o vendedor Marcos Jonathan.
Uma loja na capital de Goiás começou a vender motos elétricas há um ano, e percebeu uma mudança no perfil dos clientes. Antes quem comprava eram os mais ricos, que buscavam lazer. Agora elas se popularizaram, e o principal objetivo de quem procura é economizar. “Eles fazem a conta assim, um dinheiro que eu estou jogando fora eu pago a parcela da moto e depois ela é minha”, conta Lívia Moreira de Faria, proprietária de uma loja.
O bancário Aníbal Carvalho Martins tem um carro e uma moto em casa, mas já decidiu: vai deixar o carro na garagem e trocar a moto por duas elétricas. Para ele e para mulher. “Reduzir custos. Vou ter que trocar a gasolina, que tá quase R$ 8, pela elétrica”, afirma o bancário.
Manutenção
“O custo de manutenção desse veículo, que chega a ser 8, 10 vezes menor do que um similar a combustão. Como você tem um número infinitamente menor de peças móveis, você tem um desgaste também equivalente muito menor”, destaca Rui Almeida, vice-presidente de veículos levíssimos da ABVE.
Modelos
O mercado de motos elétricas é o mais promissor em nível global. Entretanto, as grandes montadoras ainda não popularizaram seus projetos em todo o mundo e alguns país – como o nosso – seguem com poucas opções eletrificadas para compra. Porém, já temos algumas interessantes.
Atualmente, nossas principais alternativas são os scooter, mas há algumas motocicletas também. Da mesma forma, temos opções nacionais e outras importadas. A mais famosa das empresas em questão é a nacional Voltz Motors, com sede em Recife (PE), que possui loja em Porto Alegre.
A tendência é que o mercado nacional amadureça à medida em que as principais fabricantes de motos à combustão criem as suas elétricas. E esforços para isto não faltam. Recentemente a Honda apresentou um novo scooter de baixo custo no exterior e marcas como Ducati, BMW, Suzuki e Triumph trabalham incessantemente em novos veículos. Sua popularização em nível global – e nacional – é apenas questão de tempo.
As motos elétricas têm suas vantagens e desvatagens. O principal ponto favorável, claro, reside no fato de dar adeus aos postos de combustível e não se preocupar se o litro da gasolina está ou não perto dos R$ 8 reais.
Além disso, os veículos elétricos possuem um número significativamente menor de peças, que podem significar menos visitas às oficinas para resolver problemas ou fazer manutenção preventiva. Por fim, há o motivo ecológico, uma vez que elas não são movidas por combustíveis fosséis (e altamente poluentes) como a gasolina.
Confira 5 opções no mercado:
1 – Voltz EV1 Sport (R$ 12.990)
Potência: 3.000W
Autonomia: até 180 km
Velocidade máxima: 75 km/h
2 – Shineray SE1 Líto (R$ 11.990)
Potência: 2.000W
Autonomia: até 60 km
Velocidade máxima: 60 km/h
3 – Aima Xiao Qing (R$ 9.940)
Potência: 1.500W
Autonomia: até 60 km
Velocidade máxima: 50 km/h
4 – Voltz EVS (R$ 17.490)
Potência: 3.000W
Autonomia: até 180 km (com duas baterias)
Velocidade máxima: 120 km/h
5 – Energie Mobi Super Soco TC (R$ 21.900)
Potência: 3.000W
Autonomia: 70 km (aproximado)
Velocidade máxima: 75 km/h