Terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Altas temperaturas: Consumo de energia em setembro deve ter o maior crescimento dos últimos meses

As altas temperaturas que têm afetado diversas regiões brasileiras terão efeito direto no consumo de energia elétrica no País, conforme estima o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A projeção para o mês de setembro é de crescimento de 5,8%, com altas em todas as regiões, de acordo com um boletim divulgado pelo órgão.

A perspectiva de crescimento nos submercados é mais expressiva no Norte, com 10,6%. A área entre Sudeste e Centro-Oeste deve registrar avanço de 6,1%, seguido pelo Nordeste, com 4,2%. O Sul, que vem enfrentando um período de fortes chuvas, fica em último lugar, com 3,8%. Os percentuais comparam os resultados para o final de setembro de 2023, ante o mesmo período do ano passado.

“A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida”, afirma Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.

O boletim ainda traz análises sobre a Energia Armazenada (EAR), indicando a estimativa de que continue acima de 70% em três submercados para o fim deste mês. O dado é significativo visto que o período tipicamente seco está próximo do encerramento. A EAR mais elevada deve ser verificada no Sul (85,2%), seguida de Norte (73,7%), Sudeste/Centro-Oeste (72,6%) e Nordeste (67,2%).

Virada

A chegada de uma nova frente fria ao Sudeste e a formação de um novo ciclone extratropical no Sul prometem interromper a onda de calor sufocante que assola  parte do Brasil. É o que afirmou a meteorologista e porta-voz da Climatempo, Maria Clara Sassaki, nessa segunda-feira (25) e a MetSul.

Segundo Sassaki, a umidade alta no Sudeste tende a segurar a temperatura atuando como um cobertor, um isolante térmico. A previsão é de que uma nova frente fria chegue à região no meio da semana e interrompa a sequência de dias quentes e secos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

“Esfriar, com característica de inverno, isso a gente não deve ter mais. Deve ter um refresco nas temperaturas, um alívio. Podemos até ter um dia um pouco mais gelado, mas não é nada de longa duração. É um dia só com temperaturas um pouco mais baixas do que a gente vem vivenciando e rapidinho a temperatura volta a subir”, afirmou Sassaki.

A chuva e a alta na umidade devem melhorar a qualidade do ar no Sudeste. Durante a onda de calor, algumas cidades da região chegaram a registrar umidade relativa do ar perto dos 12%.

A região Sul, que já foi alvo de temporais e queda de granizo no fim de semana, deve seguir com chuva e instabilidades durante a semana. Segundo a MetSul Meteorologia, a previsão é que um novo ciclone extratropical se forme na costa da região e provoque tempestades graves.

Uma área de baixa pressão vai se descolar da Argentina e do Paraguai para o Sul nesta terça (26) e o ciclone deve se formar na quarta (27). O Rio Grande do Sul deve ter uma nova sequência de dias com tempo firme a partir de quinta (28).

Maria Clara Sassaki explica que, com a chegada da primavera, a frequência de sistemas dessa natureza apresentada no inverno deve diminuir, mas não está descartada a possibilidade de formação de novos ciclones no Sul.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Veja 11 dicas para economizar na conta de luz mesmo usando ar-condicionado
O Brasil tem 34 milhões de jovens de baixa renda; só 33% deles estudam
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play