Por Redação do Jornal O Sul | 23 de novembro de 2025
Durante a audiência de custódia realizada neste domingo (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que teve um surto e “certa paranoia” na madrugada de sábado (22) em razão de medicamentos que tem tomado e que teriam sido receitados por médicos diferentes.
Ele disse que estava com “alucinação” de que tinha alguma escuta na tornozeleira eletrônica, o que o teria motivado a danificar o equipamento com um ferro de solda. A violação ao dispositivo eletrônico foi um dos motivos que levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a decretar a prisão preventiva.
O ex-presidente também negou qualquer tentativa de fuga, outro argumento de Moraes para determinar a prisão.
Sobre a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente disse que o local do ato fica a 700 metros da sua casa, não havendo possibilidade de criar qualquer tumulto que pudesse facilitar uma hipotética fuga.
Durante a audiência de custódia, conduzida pela juíza auxiliar Luciana Sorrentino, ficou decido que Bolsonaro permanecerá preso, considerando que todos os procedimentos da PF (Polícia Federal) foram cumpridos de forma adequada.
Nesta segunda (24), a Primeira Turma do STF decide, por meio de julgamento no plenário virtual, se mantém a prisão preventiva.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por tentativa de golpe de Estado. Ele ainda não começou a cumprir a pena, pois a sentença não transitou em julgado.
