Terça-feira, 04 de novembro de 2025

Amzon planeja substituir mais de 500 mil empregos por robôs, automatizando 75% de suas operações

Nas últimas duas décadas, nenhuma empresa fez mais para moldar o ambiente de trabalho americano do que a Amazon. Em sua ascensão para se tornar a segunda maior empregadora dos Estados Unidos, a empresa contratou centenas de milhares de trabalhadores de depósito, formou um exército de motoristas contratados e foi pioneira no uso de tecnologia para contratar, monitorar e gerenciar funcionários.

Agora, entrevistas e um conjunto de documentos de estratégia interna aos quais The New York Times teve acesso revelam que os executivos da Amazon acreditam que a empresa está prestes a realizar sua próxima grande mudança no ambiente de trabalho: substituir mais de meio milhão de empregos por robôs.

A força de trabalho da Amazon nos EUA mais que triplicou desde 2018, chegando a quase 1,2 milhão. Mas a equipe de automação da Amazon espera que a empresa consiga evitar a contratação de mais de 160 mil pessoas nos Estados Unidos, das quais precisaria até 2027. Isso economizaria cerca de 30 centavos em cada item que a Amazon coleta, embala e entrega.

No ano passado, executivos disseram ao conselho da Amazon que esperavam que a automação robótica permitisse à empresa continuar evitando aumentar sua força de trabalho nos EUA nos próximos anos, embora esperem vender o dobro de produtos até 2033.

Em instalações projetadas para entregas super-rápidas, a Amazon está tentando criar armazéns que empreguem poucos humanos. E documentos mostram que a equipe de robótica da Amazon tem como objetivo final automatizar 75% de suas operações.

Os documentos contemplam evitar o uso de termos como “automação” e “inteligência artificial” ao discutir robótica e, em vez disso, usar termos como “tecnologia avançada” ou substituir a palavra “robô” por “cobô”, o que implica colaboração com humanos.

“Ninguém mais tem o mesmo incentivo que a Amazon para encontrar uma maneira de automatizar”, disse Daron Acemoglu, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), vencedor do Prêmio Nobel de Economia no ano passado. Se os planos derem certo, “um dos maiores empregadores dos Estados Unidos se tornará um destruidor líquido de empregos, não um criador líquido de empregos”, disse Acemoglu.

A Amazon afirmou que os documentos consultados pelo Times estavam incompletos e não representavam a estratégia geral de contratação da empresa. Kelly Nantel, porta-voz da Amazon, observou que a empresa planejava contratar 250 mil pessoas para a próxima temporada de festas.

“O fato de você ter eficiência em uma parte do negócio não conta toda a história do impacto total que isso pode ter”, disse Udit Madan, que lidera as operações mundiais da Amazon, “seja em uma comunidade específica ou no país como um todo”.

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