Segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de agosto de 2025
Considerado um dos animais mais perigosos da savana africana, o búfalo-do-cabo voltou a chamar atenção após um ataque fatal ocorrido no último domingo na província de Limpopo, na África do Sul. A vítima foi o caçador norte-americano Asher Watkins, de 52 anos, atingido mortalmente pelos chifres do animal durante um safári de troféu.
Conhecido como “Peste Negra”, o búfalo-do-cabo é um símbolo de força e imprevisibilidade na fauna africana. Com peso superior a 1,3 tonelada, esse mamífero pode atingir até 1,70 metro de altura e medir mais de 3 metros de comprimento. Estima-se que cerca de 200 pessoas morram anualmente em ataques provocados por esse animal, principalmente em zonas rurais e em contextos de caça.
Segundo especialistas, o comportamento imprevisível, a força explosiva e a tendência a atacar mesmo quando ferido tornam o búfalo-do-cabo especialmente letal. É também o animal que mais mata caçadores no continente africano — superando predadores como leões, elefantes e crocodilos.
Asher Watkins, de 52 anos, milionário e proprietário de uma empresa de venda de fazendas no Texas, participava de uma caçada organizada pela Coenraad Vermaak Safaris, especializada em expedições de troféus.
De acordo com o jornal inglês The Sun, Watkins acompanhava um caçador profissional e um rastreador local quando foi surpreendido por um búfalo-do-cabo — espécie considerada a mais perigosa do continente africano. O animal, que pesa mais de uma tonelada, emboscou o grupo em uma área de mata densa e atingiu o norte-americano fatalmente.
— É com profunda tristeza e pesar que confirmamos a trágica morte do nosso cliente e amigo Asher Watkins — afirmou Hunter Hans Vermaak, porta-voz da CV Safaris. — Ele foi mortalmente ferido em um ataque repentino e não provocado por um búfalo ileso.
O ataque aconteceu na segunda manhã de expedição, na concessão privada de Bambisana, uma área de 50 mil acres. Watkins havia abatido um antílope no dia anterior e se preparava para caçar um touro adulto de búfalo, cujo abate poderia custar até US$ 10 mil (cerca de R$ 55 mil) em prêmios.
Watkins era conhecido no meio por sua defesa da caça como instrumento de preservação da vida selvagem. Em suas redes sociais, exibia troféus de caça, como leões da montanha, veados e aves aquáticas, além de se gabar por ter abatido milhares de pombos durante uma viagem à Argentina.
Natural do Texas e criado em fazendas, Watkins comandava o Watkins Ranch Group, especializado na venda de propriedades de luxo avaliadas entre 1 milhão e 30 milhões de libras. Era filiado ao Dallas Safari Club e mantinha uma coleção de rifles de caça de alto padrão. Com informações do portal O Globo.