Sábado, 07 de junho de 2025

Antipetismo cresce além de Bolsonaro e desafia estratégia de Lula para 2026

A mais recente pesquisa da Quaest revelou que o antipetismo tem vida própria e não vive sob a sombra de Jair Bolsonaro.

Embora o ex-presidente ainda permaneça como o principal líder da direita, a rejeição ao PT ultrapassou seu campo de influência. Prova disso é que Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente e apontado como seu herdeiro político direto, é o que apresenta o pior desempenho em uma eventual disputa contra Lula.

Essa rejeição ao petista, que antes se concentrava em boa avaliação para a figura de Bolsonaro, hoje se manifesta de forma mais ampla e difusa, alcançando políticos como Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e até Michelle Bolsonaro. São perfis que atraem o eleitorado antipetista, mas que não seguem necessariamente a cartilha bolsonarista.

Desde 2018, as pesquisas indicavam um empate entre o petismo e o antipetismo. Naquele ano, Lula conseguiu atrair parte do eleitorado de centro, mesmo entre os que declaravam rejeição ao PT. Um exemplo simbólico foi o apoio de figuras como João Amoêdo, fundador do Partido Novo, cuja visão liberal o distanciava do petismo, mas que via em Bolsonaro uma ameaça ainda maior. Essa elasticidade, no entanto, parece ter se perdido.

Para a eleição de 2026, o PT ainda não conseguiu formular uma estratégia de para reconquistar esse “antipetista de centro”. A dificuldade em se conectar com esse segmento pode ser crucial no cenário polarizado e fragmentado que se desenha.

O antipetismo cresceu, se diversificou e se desconectou de Bolsonaro. Já o petismo ainda busca reencontrar sua narrativa de centro.

Empate

O governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) empatam tecnicamente na liderança como alternativas da direita ao ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026, de acordo com o novo levantamento da Quaest.

Tarcísio aparece com 17% das respostas, e Michelle Bolsonaro com 16%, empate dentro da margem de erro que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No levantamento anterior, feito em março e divulgado em abril, o governador tinha 15% das respostas e Michelle tinha 14%.

Outros nomes aparecem na pesquisa, como o governador o Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 11% das respostas, o empresário Pablo Marçal (PRTB), com 7%, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 5%, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 4%, o governador do RS, Eduardo Leite (PSD), com 4%, e o governador de MG, Romeu Zema (Novo), com 3%.

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