Quinta-feira, 04 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de setembro de 2025
Os vereadores Carlos Bolsonaro, o “02”, e Jair Renan Bolsonaro, o “04”, filhos do ex-presidente, acompanharam ao lado do pai, em casa, em Brasília, a plenária do julgamento de Jair Bolsonaro, e outros sete réus, no Supremo Tribunal Federal (STF). Nas redes sociais, Carlos publicou uma mensagem declarando apoio e reconhecimento ao pai, afirmando que seguem “juntos, firmes e convictos”.
Durante a transmissão, Carlos Bolsonaro publicou uma mensagem em suas redes sociais homenageando o pai: “Inspiração que transcende famílias”. No post, ele destacou que o pai teve “firmeza frente à perseguição”:
“Obrigado por tudo que representa. Seguimos juntos, firmes e convictos, sempre ao lado da verdade e da liberdade! #BolsonaroFree”, disse Carlos na manhã de terça-feira (2).
Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) descreveu o ministro Alexandre de Moraes, do STF como “violador dos direitos humanos” e afirmou que ele “iniciou a inquisição” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O comentário foi feito em um post no X (antigo Twitter) publicado também na terça, durante a leitura feita pelo magistrado do relatório da ação penal da trama golpista.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, disse que não iria assistir ao julgamento e manteria sua agenda de compromissos políticos. Na manhã de terça, Flávio presidiu a sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado que ouve o depoimento do ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Tagliaferro.
À tarde, o senador se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que segundo ele “entrou de cabeça” nas articulações pela anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro.
Separados
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, porém, optou por não se unir à família nesse momento, e acompanhou a sessão de terça em locais distintos. A separação dos espaços em que o casal acompanhou o julgamento simboliza, de certa forma, os papéis diferentes que cada um ocupa na conjuntura atual. Bolsonaro, abatido pelo desgaste político e por restrições médicas — incluindo sequelas da facada de 2018 e prisão domiciliar — manteve-se recolhido, seguindo orientações da defesa. Michelle, por sua vez, assumiu maior protagonismo político, dividindo a cena com dirigentes do PL e parlamentares aliados.
Na sede do partido, em sala reservada, ela acompanhou a sessão ao lado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e de outros dirigentes. Enquanto isso, parte da bancada do Congresso se reuniu na residência do líder da oposição, Tenente-Coronel Luciano Zucco (PL-RS). Segundo aliados, a presença de Michelle buscou transmitir uma mensagem de unidade e força, em contraste com a imagem de isolamento do ex-presidente.
No condomínio de Bolsonaro, a rotina teve tons domésticos: a família se reuniu em volta da televisão, e Michelle chegou a preparar quitutes antes de se deslocar para o PL. Outros filhos, como Eduardo, que está nos Estados Unidos, e Flávio, que atua no Congresso, não participaram do encontro familiar. (Com informações do jornal O Globo)