Terça-feira, 14 de outubro de 2025

Aos 91 anos, Brigitte Bardot revisita vida e opiniões em livro “Abecedário” escrito à mão

“A liberdade é ser a si mesmo, mesmo quando incomoda”, proclama Brigitte Bardot no prólogo de “Mon BBcédaire”, obra em que expõe, com estilo incisivo, sua visão de mundo por meio de definições escritas à mão. O título é um jogo de palavras entre o termo “abecedário” e as iniciais da atriz de 91 anos.

Nas páginas, Bardot registra lembranças, nomes de personalidades e lugares que marcaram sua trajetória. Segundo a editora Fayard, responsável pelo lançamento na França no mês passado, o livro é “uma imersão na personalidade de uma mulher que marcou sua época por sua independência, seu engajamento e sua ousadia”.

Da letra A, de “abandono”, até o Z, de “zoológico”, a artista percorre conceitos e memórias.

Em seus escritos, declara amor a Jean-Paul Belmondo, a quem chama de “cara formidável, ator genial, engraçado e corajoso”, e afirma que Alain Delon “carrega em si o melhor e o pior”. Sobre Marcello Mastroianni, avalia que, apesar de “encantador”, era “um bom ator sem gênio nem uma autêntica personalidade inesquecível”.

O erotismo, que marcou sua carreira desde o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), é definido por Bardot como “jogos de amor onde tudo é permitido com imaginação, confusa perversidade e malícia amorosa”.

Entre os lugares citados, está Saint-Tropez, onde comprou a casa “La Madrague”. A atriz lamenta, no entanto, a transformação do balneário: “lindo pequeno vilarejo de pescadores” que teria se tornado “uma cidade de milionários onde já não resta nada de seu encanto”.

Defensora dos animais e voz polêmica na política francesa, Bardot descreve a França atual como “sombria, triste, submissa, doente, danificada, devastada, ordinária, vulgar…”. Para ela, a direita é o “único remédio urgentíssimo para a agonia” do país — posição alinhada à sua conhecida proximidade com Marine Le Pen.

Reclusa da imprensa há décadas, Bardot já havia publicado, em 1996, suas memórias, “Iniciais BB”.

Em outra frente, o documentário “Bardot” faz uma retrospetiva da vida de Brigitte Bardot entre o cinema e o ativismo e tem estreia prevista nos cinemas em 3 de dezembro de 2025. Eealizado por Alain Berliner e Elora Thevenet, co-escrito com Nicolas Bary, o filme de 90 minutos traça a vida de Brigitte Bardot, um ícone do cinema mundial e uma figura de proa do ativismo animal. Baseado em imagens de arquivo nunca antes vistas, relatos de testemunhas e reconstruções, explora as contradições de uma mulher de espírito livre que era simultaneamente adorada e incompreendida. As informações são da agência de notícias AFP.

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