Sábado, 17 de maio de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 16 de maio de 2025
O apêndice é um pequeno órgão em forma de dedo, localizado na parte inferior direita do abdômen, ligado ao início do cólon, também conhecido como intestino grosso. Apesar de sua função exata ainda não ser completamente compreendida pela ciência, sabe-se que o apêndice pode inflamar, resultando em uma condição conhecida como apendicite. Essa inflamação é uma das causas mais comuns de dor abdominal aguda em todo o mundo e, em muitos casos, exige intervenção cirúrgica para a sua remoção, procedimento conhecido como apendicectomia.
Segundo dados do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos Estados Unidos (NIDDK, na sigla em inglês), a apendicite geralmente ocorre devido a uma obstrução do órgão, causada por fezes endurecidas, corpos estranhos, infecções gastrointestinais ou aumento do tecido linfoide. Quando essa obstrução impede o fluxo normal de muco e bactérias no interior do apêndice, pode levar à proliferação de microrganismos e, consequentemente, à inflamação. Estima-se que a condição afete de cinco a nove pessoas a cada 100 ao longo da vida.
A mesma organização aponta que os homens têm mais chances de desenvolver apendicite em comparação com as mulheres, especialmente durante a adolescência e até os 30 anos de idade. Mesmo sendo uma doença bastante conhecida, seus sintomas nem sempre são claros no início, o que pode atrasar o diagnóstico e aumentar o risco de complicações.
Sintomas
O sintoma mais característico da apendicite é uma dor abdominal persistente, localizada na parte inferior direita do abdômen. No entanto, em muitos casos, a dor começa de maneira difusa, na região ao redor do umbigo ou na parte superior do abdômen, e só depois migra para o lado direito inferior. Esse padrão de evolução pode confundir o paciente e retardar a procura por atendimento médico.
Além da dor, outros sintomas podem incluir sensação de inchaço, excesso de gases, perda de apetite, náuseas, vômitos, febre leve, calafrios e dificuldade para eliminar gases. É importante destacar que cerca de metade dos pacientes não apresenta todos esses sinais, o que pode dificultar o reconhecimento imediato da doença.
Quando a apendicite não é diagnosticada e tratada a tempo, o apêndice pode se romper, liberando material infeccioso na cavidade abdominal. Essa ruptura pode levar a uma condição grave chamada peritonite, que é a inflamação do peritônio, a membrana que reveste internamente o abdômen e protege os órgãos internos. A peritonite é uma emergência médica e pode ser fatal se não tratada rapidamente. Por isso, ao menor sinal de dor abdominal intensa ou persistente, é fundamental procurar atendimento médico.