Sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Após apagão, presidente da concessionária de energia de São Paulo deixa cargo

Vinte dias depois do apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia em São Paulo, o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, anunciou que vai deixar a empresa. Seu substituto no comando da companhia de energia será o executivo Antonio Scala.

Segundo fontes, a aposentadoria de Cotugno estava prevista antes do apagão, mas foi adiada para evitar a politização de sua saída.

“A saída de Cotugno foi definida em reuniões do Conselho das Distribuidoras da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro”, disse nota .

Scala é executivo com 18 anos de trajetória na Enel. Ele ocupou a funções como chefe de Planejamento e Controle de Global Trading e liderou a Enel Green Power na América do Sul.

Crise 

No dia 4 novembro, 2,1 milhões de clientes da Enel ficaram sem energia em São Paulo por conta da chuva do dia anterior. A companhia tinha se comprometido a retomar o fornecimento até o dia 7, mas não cumpriu o prazo.

Somente cinco dias depois, é que a concessionária informou que a energia elétrica tinha sido restabelecida para 99,99% dos clientes.

A empresa foi acionada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça. Além disso, as comissões de Desenvolvimento Urbano e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados convidaram a Enel a prestar esclarecimentos sobre o apagão.

Durante a sessão da CPI da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no dia 14, a energia caiu ao menos três vezes. No dia seguinte, uma nova tempestade deixou várias 290 mil pessoas sem energia em São Paulo.

O prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), disse que pediu para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) cancelar o contrato de concessão com a Enel.

O governo de São Paulo aplicou na última semana, via Procon, uma multa de R$ 12,7 milhões contra a concessionária pela falta de energia e por descumprir o dever legal de prestação de serviços essenciais.

 

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