Sexta-feira, 01 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 31 de julho de 2025
A articulação internacional liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo tem como objetivo escalar os ataques e ampliar a pressão contra autoridades brasileiras. E isso, segundo investigadores e autoridades ouvidos pelo blog da Andréia Sadi, agrava a situação jurídica de Jair Bolsonaro (PL) e do próprio Eduardo.
Em nota publicada na última quarta-feira (30), após a confirmação da tarifa de 50% imposta pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos, o deputado afirmou que a medida era “uma resposta legítima”.
Não há qualquer sinal de recuo por parte de Eduardo Bolsonaro, nem mesmo entre os familiares. Segundo fontes do núcleo bolsonarista, a tendência é de intensificação dos recados que já vêm sendo dados a ministros, a policiais federais e outras autoridades.
E esse é só o primeiro passo. O objetivo seria trazer mais sanções e piorar o clima que inviabiliza qualquer negociação entre o Brasil e os Estados Unidos sobre o tarifaço.
Tudo isso deve prejudicar ainda mais Bolsonaro. Se, mesmo antes das sanções ao ministro Alexandre de Moraes via Lei Magnitsky, a condição do ex-presidente já estava dada, com essa nova ofensiva internacional a situação da família se agrava.
Investigadores e autoridades garantem que já têm amplo material para indiciar Eduardo. Ele pode ser preso se pisar no Brasil e responder por coação no curso do processo. Isso também poderia ser aplicado a Jair Bolsonaro, que passaria a responder não só pela trama golpista, mas também por tentativa de obstrução.
Juristas
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia protocolou, no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental para barrar omissões do Estado brasileiro diante do cenário de sanções econômicas impostas pelos EUA com o tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump.
A ação também tem como foco a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como um dos articuladores das medidas contra o país e autoridades brasileiras.
A peça diz que a ação é uma resistência jurídica organizada frente a uma escalada de agressões ao ordenamento constitucional brasileiro por atores estrangeiros, tanto estatais, como o governo dos Estados Unidos, quanto privados, como as corporações de tecnologia sediadas naquele país.
Para os juristas, as medidas aplicadas pelos Estados Unidos buscam deslegitimar e subjugar a legislação nacional sob a justificativa de sanções econômicas, pressões diplomáticas ou ameaças de desestabilização, com atuação política significativa de agentes públicos nacionais, como o deputado federal afastado Eduardo Bolsonaro. (Com informações da Agência Brasil)