Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 19 de abril de 2025
A derrota humilhante de Marina Silva (Meio Ambiente) por quase 50 pontos (26,5% do seu candidato a 73,5% da oposição), pelo controle do partido Rede, fez ressurgir a possibilidade de a ministra de Lula ter de abandonar o partido que ajudou a fundar em 2015. É a terceira derrota seguida de Marina no Rede. O destino pode ser voltar ao PSB, onde a consideram uma chata de galocha, ou ao PT do atual chefe, com o qual rompeu há quase 20 anos, após o que chamou de “embates”.
Jogo sensível
A antipatia de Marina é percebida. Intrigas internas fizeram até o partido perder um senador: Randolfe Rodrigues não aguentou e meteu o pé.
Queria ser Dilma
Marina deixou o PT em 2009 para lançar candidatura a presidente, após ser preterida na sucessão de Lula, à época no final do segundo mandato.
Único motivo
Marina ainda não deixou o Rede por ser deputada. “Se sair, pode perder o mandato”, explica um interlocutor. Por enquanto, a ordem é ficar.
Rendeu cargo
Derrotada nas disputas presidenciais de 2010 (pelo PV), 2014 (pelo PSB) e 2018 (pelo Rede), Marina voltou a apoiar Lula em 2022.
Projeto de Anistia deve ter 300 votos, estima Jordy
O projeto de lei na Câmara dos Deputados que concede anistia aos presos do 8 de janeiro, e que obteve 264 assinaturas para ganhar regime de urgência, deve ser aprovado por mais de mais de 300 parlamentares, segundo estimativa do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). Em entrevista ao podcast Diário do Poder, ele disse que após a oposição emplacar a urgência, muitos que ficaram de fora passaram a ser cobrados. A previsão é que deputados que assinaram a urgência apoiem o mérito.
Motivo da preocupação
“Pode ter certeza. E é isso que está preocupando tanto o Hugo Mota e os ministros do Supremo”, garante Jordy, ex-líder da oposição.
Pressão sob pressão
Jordy acredita que a pressão popular e dos próprios parlamentares deve elevar o número de deputados que vão votar a favor do PL da Anistia.
Disputa de força
A aprovação do projeto da anistia, diz Jordy, “vai realmente fazer com que o Supremo Tribunal Federal se sinta enfraquecido”, conclui.
Trem fantasma
Secretário de Orçamento, Clayton Montes foi o escolhido pelo ministro da Fazenda de Lula, Fernando Haddad, para “anunciar” o que todo mundo já sabe: o caos vem aí. As contas não fecham já a partir de 2027.
Noves fora, crise
Na contramão do governo Lula (PT), que prevê superávit de R$34 bilhões em 2025, a Instituição Fiscal Independente do Senado estima déficit primário de R$ 64,2 bilhões. Daí a previsão de crise iminente.
Agressão é golpe
“É desanimador ver que o deputado que agrediu pessoa dentro da Câmara pode receber anistia”, ironiza Maurício Marcon (Pode-RS), após o presidente da Câmara, Hugo Motta, garantir dois meses de sobrevida a Glauber Braga (Psol-RJ), cassado no Conselho de Ética por agressão.
Cri, cri, cri…
O STF anulou o perdão de Jair Bolsonaro a Daniel Silveira, lembra Bia Kicis (PL-DF), mas, “agora, Lula dá asilo a uma condenada por corrupção, contra a lei e tratados internacionais”. Cobra: “E o STF?”
Exaustão
O futebol dominou buscas na internet na semana da Páscoa, no Top 100 no Google Trends no Brasil. Erika Hilton, cujo visto aos EUA identifica a parlamentar trans como homem, é o único tema político na lista.
História multicentenária
O ministro do STF Gilmar Mendes inaugurou parceria do seu IDP com a Universidade de Coimbra (Portugal), instituição fundada mais de 200 anos antes do Descobrimento do Brasil, o Centro de Estudos IDP-UC.
Bom ou ruim?
A revista inglesa The Economist diz que o ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro Alexandre de Moraes é “um dos juízes mais poderosos do mundo” e quer “salvar a democracia contendo as redes sociais.”
Nem com a natureza
Abril é historicamente um dos meses com menos focos de queimadas, mas, em 2024, sob Lula, com Marina Silva ministra do Meio Ambiente, registra-se o maior número de incêndios desde 2020.
Pensando bem…
…até greve de fome acaba em pizza na Praça dos Três Poderes.
PODER SEM PUDOR
Só na horizontal
O repentista Pedro Ferreira era deputado estadual em Alagoas, nos anos 1980, quando uma eleitora o procurou para pedir emprego. Mas condicionou: “Só posso trabalhar à noite, deputado.” Ele prometeu: “Vou ver o que posso fazer.” Ela aumentou a exigência: “Mas eu só posso trabalhar depois das nove da noite…” Com franqueza incomum para um político, Pedro Ferreira descartou: “Olhe, minha filha, emprego para moça depois das nove da noite, só se for deitada olhando para o teto.”
(@diariodopoder)