Terça-feira, 04 de novembro de 2025

Após condenarem generais e almirante, ministros do Supremo ressaltam a excelente conduta das Forças Armadas: “Julgando membros, não instituição”

Ao fim do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), que incluiu a condenação de três generais e um almirante, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino buscaram separar as atitudes dos réus e a Forças Armadas como instituição. Os três destacaram que o julgamento foi de indivíduos, e não das organizações. e fizeram elogios às Forças.

Entre os oito condenados, há dois ex-comandantes: Almir Garnier Santos, que chefiava a Marinha na época dos fatos investigados, e Paulo Sérgio Nogueira, que tinha comandado o Exército e era ministro da Defesa. Também foram punidos os generais e ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é capitão reformado, e do tenente-coronel Mauro Cid.

Em seus votos, ao longo da semana, Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam feito a diferenciação entre os réus e suas instituições.

Flávio Dino declarou “respeito” pelas Forças Armadas e afirmou que elas não estavam sendo julgadas:

“Renovando minhas saudações às Forças Armadas, excelentíssimo ministro da Defesa, comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, a minha deferência, o meu respeito. E, nesse caso, obviamente, nós estamos julgando membros, não a instituição das Forças Armadas.”

Na mesma linha, Cármen Lúcia elogiou as Forças, mas disse que seus integrantes têm responsabilidade pelos seus atos:

“Esta aplicação de lei é a pessoas que atuaram. As instituições são importantes. Instituições como as Forças Armadas (se) mantêm em sua integridade, eficiência em sua necessidade e, portanto, o que cada um faz é a responsabilidade, inclusive penal, de cada um.”

O relator, Alexandre de Moraes, afirmou que teve “todo o apoio institucional” dos três comandantes e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

“Gostaria também de renovar a minha admiração, apreço pelas Forças Armadas. E eu posso dizer que durante todo esse processo, desde a investigação até a ação penal, houve todo o apoio institucional dos comandantes das Três Armadas.” (Com informações do jornal O Globo)

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