Sexta-feira, 03 de maio de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de abril de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou nessa sexta-feira (19) com líderes, no Palácio do Planalto, para discutir formas de melhorar a relação do Executivo com o Congresso Nacional.
Convocado por Lula em caráter de emergência, o encontro ocorre em meio à escalada de uma crise entre a Câmara dos Deputados e a articulação política do governo, chefiada pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Na semana passada, Arthur Lira (PP-AL) fez críticas a Padilha, a quem chamou de “desafeto pessoal” e “incompetente”. Em resposta, o ministro disse que não desceria “a esse nível”. Já o presidente Lula afirmou que, “só por teimosia”, manteria Padilha no cargo.
Depois, Lira disse a aliados que colocaria em votação projetos da pauta de costumes e abriria comissões parlamentares de inquérito, o que poderia gastar a imagem do governo.
No Senado, o governo também tem encontrado dificuldades na articulação. Nesta semana, avançou na Casa uma proposta que turbina o salário de juízes e promotores – de impacto bilionário nas contas públicas.
O texto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última quarta-feira (17) e o governo, agora, atua para evitar a votação no plenário principal da Casa.
Segundo a colunista do g1 Julia Duailibi, eram esperados para o almoço com Lula:
* Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;
* José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;
* Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso Nacional;
* Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais;
* Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social;
* Rui Costa, ministro da Casa Civil.
Líder
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, afirmou nessa sexta que é preciso sempre ter sintonia com o presidente da Casa, Arthur Lira.
Guimarães deu a declaração ao sair de uma reunião, no Palácio do Planalto, com o presidente Lula. O presidente chamou ministros e parlamentares aliados para discutir a relação do governo com a Câmara, que passou por desgastes nos últimos dias.
Na semana passada, Lira ficou insatisfeito com o que classificou de interferência do governo na votação da Câmara que manteve preso o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018.
Lira manifestou sua contrariedade publicamente, quando chamou de “incompetente” o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política com o Congresso.
Em resposta, durante um discurso, Lula disse que manterá Padilha no cargo “por teimosia”.
Após a reunião dessa sexta, Guimarães afirmou que a relação do governo com a Câmara precisa apenas de “um consertinho”.