Sábado, 28 de junho de 2025

Após empate em votação em comitê, Senado dos Estados Unidos vai decidir se aprova a primeira mulher negra na Suprema Corte

A votação no comitê de Justiça do Senado dos Estados Unidos para aprovar o nome da juíza Ketanji Brown Jackson para a Suprema Corte do país deu empate nesta segunda-feira (4) com 11 votos para aprová-la e o mesmo número de votos que a rejeitaram.

Com o empate no comitê, agora, a aprovação de Jackson deverá ser decidida até o fim desta semana, com uma votação entre todos os senadores. Se se tornar ministra da Suprema Corte, Jackson será a primeira mulher negra a ocupar nesse cargo.

A votação no comitê só foi feita depois de uma série de audiências. Nesses encontros, ficou nítido, mais uma vez, que há uma divisão no Legislativo dos EUA: os senadores do Partido Democrata fizeram elogios a ela, e os representantes do Partido Republicano fizeram perguntas para tentar caracterizá-la como uma ativista liberal perigosa.

O Senado dos EUA é dividido exatamente ao meio, com 50 senadores de cada partido.

Se todos os senadores democratas votarem em Jackson, ela será aprovada (quando há empate no Senado, a vice-presidente Kamala Harris tem um voto de desempate).

Uma senadora republicana, Susan Collins, já disse que votará para aprovar Jackson.

Alguns senadores do Partido Democrata reclamaram do comportamento dos seus colegas do Partido Republicano durante as audiências de Jackson.

Aposentadoria do juiz Breyer

Em janeiro, o juiz Stephen Breyer anunciou que planeja se aposentar. Biden indicou Jackson em fevereiro para se tornar a primeira mulher negra a servir na Suprema Corte do país.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, anunciou que votaria contra a indicação. McConnell criticou Jackson, acusando-a de fugir de perguntas básicas sobre sua filosofia judicial e se recusar a responder questões sobre suas próprias decisões.

É possível que Jackson atraia um pequeno número de votos republicanos, mais provavelmente das senadoras Lisa Murkowski e Susan Collins.

Especialistas do principal grupo de advocacia do país rejeitaram acusações de republicanos de que ela é fraca no combate a crimes, incluindo pornografia infantil.

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