Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Após impasse com a Petrobras, petroleiros realizam greve nacional

Os petroleiros da Petrobras iniciaram nesta segunda-feira (15) uma greve nacional, por tempo indeterminado, após rejeitarem a segunda contraproposta apresentada pela estatal para o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).

Segundo comunicado divulgado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), a proposta apresentada pela Petrobras não avançou nos três principais pontos da negociação: fim dos PEDs (Planos de Equacionamento de Déficit) da Petros; aprimoramentos no plano de cargos e salários e garantias contra mecanismos de ajuste fiscal; e defesa de um modelo de negócios alinhado ao fortalecimento da estatal: barrar o avanço de parcerias e terceirizações que, na avaliação dos sindicatos, “precarizam o trabalho” e abrem caminho para privatizações.

“A categoria quer respeito, dignidade e uma justa distribuição da riqueza gerada”, afirmou a FUP em nota. “A greve aprovada nas assembleias é por um ACT forte, que recupere direitos perdidos, garanta condições decentes de trabalho e resolva de forma definitiva os equacionamentos da Petros”, prosseguiu a entidade.

PEDs

Os Planos de Equacionamento de Déficit são uma forma de tapar o rombo do fundo de previdência da Petros quando não há dinheiro suficiente para pagar, no futuro, aposentadorias e pensões. Quando isso acontece, a lei exige a criação de um plano de ajuste, que prevê descontos extras nos salários dos trabalhadores, nos benefícios de aposentados e pensionistas e também contribuições adicionais das empresas patrocinadoras.

A Petros é o fundo de pensão da Petrobras, criado em 1970, com sede no Rio de Janeiro, para oferecer previdência complementar aos empregados da estatal.

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