Domingo, 06 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 11 de abril de 2024
O México pediu que o Equador seja suspenso da Organização das Nações Unidas (ONU) no processo que apresentou nesta quinta-feira (11) contra o país na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. O fato decorre da invasão da embaixada mexicana em Quito para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.
A ministra mexicana das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, confirmou a formalização da queixa na mais alta corte internacional de justiça da ONU e disse que a sanção deveria entrar em vigor “até que seja emitido um pedido público de desculpas reconhecendo as violações dos princípios e normas fundamentais do direito internacional”.
O objetivo da denúncia é “garantir a reparação do dano moral infligido ao Estado mexicano e a seus cidadãos”, acrescentou Alicia durante coletiva de imprensa diária do presidente Andrés Manuel López Obrador.
As forças policiais invadiram a embaixada na noite da última sexta-feira (5) para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, acusado de corrupção e que horas antes havia recebido asilo político do México. Durante a invasão, os agentes agrediram o diplomata mexicano Roberto Canseco.
Como resultado, o governo mexicano rompeu relações com o Equador ainda no final de semana e anunciou o processo em Haia nesta quinta.
Ao listar as reivindicações do México, Alicia Bárcena destacou que o país também busca estabelecer um precedente para que um país que aja como o Equador seja “definitivamente expulso das Nações Unidas”.
O presidente mexicano López Obrador disse que espera que a CIJ aja rapidamente perante a queixa apresentada.
“A Justiça deve ser rápida e ágil, e a imunidade diplomática deve ser garantida (…). Não se pode permitir que ninguém aja dessa forma (…). Se o direito internacional não for respeitado, este será um mundo de gorilas”, enfatizou.
A queixa do México à CIJ foi apresentada um dia depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou “veementemente” a invasão à embaixada, enfatizando a inviolabilidade das sedes diplomáticas e de seus funcionários.