Sexta-feira, 09 de maio de 2025

Após o Banco Central americano manter juros nos Estados Unidos, Trump diz que presidente do banco é “um idiota”, mas que “gosta muito” dele

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quinta-feira (8).

Após a decisão do Fed, anunciada na quarta (7), de manter suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, Trump disse que Powell é “um idiota” e voltou a chamá-lo de “atrasado demais” em uma publicação na sua plataforma Truth Social.

No entanto, diferentemente das últimas declarações dadas pelo presidente, desta vez Trump afirmou que “tirando isso, gosta muito” de Powell.

“O ‘atrasado demais’ Jerome Powell é um IDIOTA, que não tem noção de nada. Tirando isso, eu gosto muito dele! (Os preços de) óleo e energia estão caindo, quase todos os custos (XXX e ovov) caindo, praticamente NENHUMA INFLAÇÃO, dinheiro das tarifas entrando nos EUA — EXATAMENTE O OPOSTO DO ‘ATRASADO DEMAIS!’ APROVEITE!”, escreveu Trump.

Com a decisão desta quarta do Fed de manter as taxas nos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano, o patamar dos juros continua elevado para os padrões americanos. Trump já criticou essa política monetária em diversas ocasiões, desejando o corte dos juros.

Isso porque juros altos são uma ferramenta para controlar a inflação, já que encarecem a tomada de crédito pela população e pelas empresas, impactando os níveis de consumo e investimentos da economia e reduzindo a pressão sobre os preços.

No entanto, com menor consumo, a atividade econômica tende a desacelerar, afetando o crescimento da economia.

Essa foi a terceira reunião seguida em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) optou por não alterar o referencial de juros. Em março, o colegiado destacou a perspectiva econômica “incerta” e a atenção a riscos ao justificar sua posição.

Além de reiterar o cenário, o comitê afirmou hoje que as incertezas em torno das perspectivas econômicas “aumentaram ainda mais” em meio à política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

As decisões sobre as taxas de juros nos EUA geram efeitos também no Brasil. Quando as taxas permanecem elevadas, há maior pressão para que a Selic, a taxa básica de juros brasileira, também permaneça alta por mais tempo. Além disso, há impactos no câmbio.

O anúncio desta quarta-feira foi o terceiro desde que Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos EUA, em 20 de janeiro. O cenário, porém, ficou mais adverso de lá para cá, diante da guerra tarifária promovida pelo republicano.

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