Segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Associação de montadoras no Brasil comemora volta do imposto de importação sobre carros elétricos

A partir de janeiro de 2024, carros elétricos e híbridos comprados fora do Brasil voltarão a pagar imposto de importação. A medida é parte de uma estratégia para ajudar a indústria nacional, segundo o governo Lula.

A decisão foi tomada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex). De acordo com o governo federal, a medida visa ajudar a desenvolver a cadeia automotiva nacional e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país.

A resolução estabelece uma retomada gradual das alíquotas e cria cotas iniciais para importações com isenção até 2026. Essas cotas serão definidas por uma portaria, a ser publicada em dezembro.

As porcentagens de retomada progressiva de tributação vão variar com os níveis de eletrificação e com os processos de produção de cada modelo, além da produção nacional.

Assim, no caso dos carros híbridos, a alíquota do imposto começa com 12% em janeiro de 2024; passa para 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e alcança os 35% apenas em julho de 2026.

Para híbridos plug-in, será de 12% em janeiro, 20% em julho, 28% em 2025 e 35% em 2026. Para os elétricos, a sequência é 10%, 18%, 25% e 35%.

Há ainda uma quarta categoria, a de caminhões e outros veículos elétricos de carga, que começarão com taxação de 20% em janeiro e chegarão aos 35% em julho de 2024. Nesse caso, a retomada da alíquota cheia é mais rápida porque existe uma produção nacional suficiente, segundo o governo.

“O Brasil é um dos principais mercados automobilísticos do mundo. Temos de estimular a indústria nacional em direção a todas as rotas tecnológicas que promovam a descarbonização, com estímulo aos investimentos na produção, manutenção e criação de empregos de maior qualificação e melhores salários”, disse Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Ao mesmo tempo, as empresas têm até julho de 2026 para continuar importando com isenção até determinadas cotas de valor, estabelecidas por modelo.

Para híbridos, as cotas serão de US$ 130 milhões até julho de 2024; de US$ 97 milhões até julho de 2025; e de US$ 43 milhões até julho de 2026.

Para híbridos plug-in, US$ 226 milhões até julho de 2024, US$ 169 milhões até julho de 2025 e de US$ 75 milhões até julho de 2026. Para elétricos, nas mesmas datas, respectivamente US$ 283 milhões, US$ 226 milhões e US$ 141 milhões.

Para os caminhões elétricos, os valores serão de US$ 20 milhões, US$ 13 milhões e US$ 6 milhões.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

“Não vai mais ter aplicativo do Bradesco ou Itaú em até dois anos”, diz presidente do Banco Central
Reforma tributária permite taxar combustíveis com “imposto do pecado”, governo afasta ideia
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play